torneiras à inglesa! Digno da etiqueta "oh my goodness me".
Não consigo perceber este revivalismo inglês das torneiras de água quente e fria à moda antiga, ou seja, torneiras separadas para a água quente e água fria.
Costumo espreitar em sites como o rightmove casas para venda (quem sabe não mudaremos daqui a uns anitos), e genuinamente fico intrigado em ver que mesmo casas recentes têm esta modalidade de torneiras! Esta semana até nas novas instalações do hospital encontrei torneiras separadas.
Um gajo quer lavar a louça e anda ali a fazer figuras tristes dignas da coreografia do "Asereje" das Las ketchup só para misturar as águas.
Haja pachorra.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
This is english football
Resultados dos jogos de ontem, 27.01.13. FA Cup, o que é o equivalente à Taça de Portugal, e que portanto é uma competição que todas as equipas levam a sério. (ao contrário da Taça da Liga, onde as equipas normalmente jogam com jogadores suplentes, e que nesta época terá como final Swansea vs Bradford).
E das equipas pequenas dos jogos acima só o Leeds é que joga na segunda divisão, as outra são de equipas de escalões inferiores!
É esta a magia do futebol inglês.
Tema
Sports
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Estatísticas de um ano de trabalho - 3
Ora viva,
Chegou a hora de fazer o resumo anual da minha actividade profissional! Algo que me dá bastante prazer fazer, e que já agora partilho aqui.
Ao contrário do desejei no post do ano passado, acabei por trabalhar mais dias e folgar menos. Se calhar até nem é mau que assim seja, pois em breve o trabalho começará a escassear cada vez mais.
E agora vou finalizar o meu "Tax Return" que o prazo termina a 31 Janeiro.
Inté
Chegou a hora de fazer o resumo anual da minha actividade profissional! Algo que me dá bastante prazer fazer, e que já agora partilho aqui.
Faço este "resumo" pelo terceiro ano consecutivo. A minha situação profissional continua a mesma: Locum Pharmacist ("Farmacêutico a recibos verdes"). Link para o post do 1º ano, e post do 2º ano.
Ficam aqui as estatísticas do ano 2011/2012:
(entre parêntesis o ano (2010-2011) e ((2009-2010))
Nr de companhias de farmácias onde trabalhei: 3 (4) ((5))
Nr de farmácias diferentes em que trabalhei: 5 (6) ((15))
Distância da farmácia mais próxima: 3 milhas = 4.8km (0,4 milhas) ((1,3 milhas))
Distância da farmácia mais distante: 25 milhas = 40,2km (25 milhas) ((40,5 milhas))
Mínimo nr de horas num dia: 3 horas (3 horas) ((1 hora))
Máximo nr de horas num dia: 11.5 horas (13,5 horas) ((13 horas))
Início mais cedo: 7h00 (7h00) ((7h00))
Fim mais tarde: 22h20 (23h00) ((22h30))
Dias que não trabalhei: 144 dias (151 dias) ((148 dias))
Dias em que trabalhei: 222 dias (213 dias) (217 dias)
Maior número de dias consecutivos de trabalho: 9 dias (6 dias) ((7 dias))
Maior número de dias consecutivos de folga/férias: 15 dias (15 dias) ((16 dias))
Dias da semana em que trabalhei:
Segunda-feira: 41 vezes (42 vezes) ((43 vezes))
Nr de farmácias diferentes em que trabalhei: 5 (6) ((15))
Distância da farmácia mais próxima: 3 milhas = 4.8km (0,4 milhas) ((1,3 milhas))
Distância da farmácia mais distante: 25 milhas = 40,2km (25 milhas) ((40,5 milhas))
Mínimo nr de horas num dia: 3 horas (3 horas) ((1 hora))
Máximo nr de horas num dia: 11.5 horas (13,5 horas) ((13 horas))
Início mais cedo: 7h00 (7h00) ((7h00))
Fim mais tarde: 22h20 (23h00) ((22h30))
Dias que não trabalhei: 144 dias (151 dias) ((148 dias))
Dias em que trabalhei: 222 dias (213 dias) (217 dias)
Maior número de dias consecutivos de trabalho: 9 dias (6 dias) ((7 dias))
Maior número de dias consecutivos de folga/férias: 15 dias (15 dias) ((16 dias))
Dias da semana em que trabalhei:
Segunda-feira: 41 vezes (42 vezes) ((43 vezes))
Terça-feira: 45 vezes (47 vezes) ((46 vezes))
Quarta-feira: 9 vezes (5 vezes) ((4 vezes))
Quarta-feira: 9 vezes (5 vezes) ((4 vezes))
Quinta-feira: 48 vezes (47 vezes) ((46 vezes))
Sexta-feira: 43 vezes (47 vezes) ((44 vezes))
Sábado: 29 vezes (20 vezes) ((28 vezes))
Domingo: 7 vezes (5 vezes) ((6 vezes))
Dias em que trabalhei em 2 farmácias diferentes: 3 vezes (8 vezes) ((8 vezes))
Total viajado: (casa-farmácia-casa, via michellin): 6753 milhas=10868km (6171,4 milhas) ((6062,9 milhas))
Sexta-feira: 43 vezes (47 vezes) ((44 vezes))
Sábado: 29 vezes (20 vezes) ((28 vezes))
Domingo: 7 vezes (5 vezes) ((6 vezes))
Dias em que trabalhei em 2 farmácias diferentes: 3 vezes (8 vezes) ((8 vezes))
Total viajado: (casa-farmácia-casa, via michellin): 6753 milhas=10868km (6171,4 milhas) ((6062,9 milhas))
De alguma forma já suspeitava que iria obter este cenário. Este tratamento estatístico mostra que:
- Cada vez vario menos quanto aos meus locais de trabalho. Isto por opção própria, pois prefiro repetir farmácias onde conheço o staff e onde sei como tudo funciona. (apenas trabalhei em 5 farmácias diferentes num ano inteiro!)
- Viajo de carro cada vez mais! (isto não é bom, preferiria viajar o menos possível)
- Cada vez menos trabalho em farmácias diferentes num mesmo dia. Apenas 3 vezes neste último ano, o que é bom, pois são dias muito "pesados" quando trabalho em duas farmácias diferentes.
- Os meus típicos dias de folga são cada vez mais de trabalho. Trabalhei mais vezes à quarta-feira, ao Sábado e ao Domingo. Será uma tendência que se irá manter, sobretudo relativamente ao fim de semana, o que acompanha a tendência da maioria das profissões, pois cada vez menos empregos envolvem o típico segunda a sexta.
E agora vou finalizar o meu "Tax Return" que o prazo termina a 31 Janeiro.
Inté
Tema
Pharmacy World
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Inspector Carvalho
Viva,
Ora aqui segue um post curioso de uma situação com a qual lidei recentemente ao trabalhar na farmácia.
Não é novidade para os seguidores do blog que sou um bufo. É só relembrar o caso do carro com o selo expirado.
Fazendo um aparte, acredito bastante numa sociedade vigilante ao invés de um estado controlador. As autoridades têm que estar presentes e a postos para apoiar e dar seguimento a denúncias feitas por parte dos seus cidadãos, e pouco mais que isso, seja em matérias da criminalidade comum , de corrupção, evasão fiscal, negligência profissional, transgressão das regras do código de estrada, etc.
Voltando então à situação em questão. Há poucas semanas atrás, já depois das 22:00 recebemos uma chamada na farmácia, na qual outra farmácia dizia que iam encaminhar um cliente porque não tinham todos os medicamentos requisitados na receita médica em questão.
Ao verificar a receita que a minha colega tinha dispensado fico com algumas suspeitas sobre a legitimidade da mesma. Sobretudo relativamente a um segundo item onde era possível ler "Diazipam 10mgs 4/52".
Ora bem, quanto mais olhava para a receita, com mais certeza ficava que se tratava de uma situação fraudulenta. Desde logo, pelo facto de se tratar da dose máxima para o diazepam em comprimidos e depois porque o número 4 em "Olanzapine 10mgs 4/52" era feito de uma forma completamente diferente comparativamente à segunda linha "Diazipam 10mgs 4/52", e depois o erro ortográfico em diazepam, apesar de isso ser bastante comum em receitas manuscritas.
Mas aqui é que começa o dilema! Que fazer? Como enfrentar o cliente e como abordar a situação, sobretudo já depois das 22:15 e com mais ninguém na farmácia.
Dispensei o primeiro item após algumas questões e disse que tinha que confirmar com o médico certos detalhes quanto ao segundo item. Logo no dia seguinte o meu patrão ligou para a clinica onde confirmou que o segundo item não tinha sido prescrito pelo médico.
Na semana seguinte dei seguimento ao caso. Fiquei a saber que as autoridades levam assuntos deste tipo com bastante importância. Reportei ao PCT local (autoridade regional de saúde), e à polícia. O Drug Tariff (livro emitido com periodicidade mensal que determina o pagamento às farmácias pelos vários serviços prestados), estipula o pagamento de 70 libras para qualquer caso reportado de receita médica fraudulenta! Acho bem, há que premiar o trabalho que envolve lidar com uma situação destas.
Entretanto já enviei a papelada para receber o pagamento de 70 libras por reportar a receita médica e já fui à polícia fazer um depoimento, e em breve provavelmente terei de estar presente em tribunal relativamente a este caso.
Já não é a primeira vez que lido com uma situação de receita falsa. Há uns quatros anos atrás a minha denuncia até levou à descoberta de algo mais sério. Na altura foi o facto de ter recebido pela segunda vez uma receita de dentista para dihidrocodeina, sendo que a quantidade prescrita seria o suficiente para um mês (normalmente dentistas prescrevem quantidades para uma semanita). Após investigações descobriu-se que o cliente em questão tinha-se apoderado de um bloco de receitas do pai, dentista reformado!
PS1: Não meto aqui foto da receita por razões óbvias, sendo prova em tribunal, mas garanto que o cliente envolvido no caso fez um excelente trabalho em imitar a escrita do médico. Quase todos os meus colegas admitiram que lhes teria escapado.
PS2: Este post é obviamente em contra-corrente com o post anterior dos farmacêuticos de Londres que venderam Diazepam sem receita médica, como mostra na reportagem da BBC. A seriedade e celeridade com que a polícia tratou este caso onde alguém tentou obter 28 comprimidos de diazepam 10mgs, mostra o quão sério é o caso reportado pela BBC. Não só aqueles farmacêuticos perderão a carteira profissional como serão sujeitos a tribunal e a uma pena a condizer.
PS3: Inspector Carvalho ao seu dispor.
Ora aqui segue um post curioso de uma situação com a qual lidei recentemente ao trabalhar na farmácia.
Não é novidade para os seguidores do blog que sou um bufo. É só relembrar o caso do carro com o selo expirado.
Fazendo um aparte, acredito bastante numa sociedade vigilante ao invés de um estado controlador. As autoridades têm que estar presentes e a postos para apoiar e dar seguimento a denúncias feitas por parte dos seus cidadãos, e pouco mais que isso, seja em matérias da criminalidade comum , de corrupção, evasão fiscal, negligência profissional, transgressão das regras do código de estrada, etc.
Voltando então à situação em questão. Há poucas semanas atrás, já depois das 22:00 recebemos uma chamada na farmácia, na qual outra farmácia dizia que iam encaminhar um cliente porque não tinham todos os medicamentos requisitados na receita médica em questão.
Ao verificar a receita que a minha colega tinha dispensado fico com algumas suspeitas sobre a legitimidade da mesma. Sobretudo relativamente a um segundo item onde era possível ler "Diazipam 10mgs 4/52".
Ora bem, quanto mais olhava para a receita, com mais certeza ficava que se tratava de uma situação fraudulenta. Desde logo, pelo facto de se tratar da dose máxima para o diazepam em comprimidos e depois porque o número 4 em "Olanzapine 10mgs 4/52" era feito de uma forma completamente diferente comparativamente à segunda linha "Diazipam 10mgs 4/52", e depois o erro ortográfico em diazepam, apesar de isso ser bastante comum em receitas manuscritas.
Mas aqui é que começa o dilema! Que fazer? Como enfrentar o cliente e como abordar a situação, sobretudo já depois das 22:15 e com mais ninguém na farmácia.
Dispensei o primeiro item após algumas questões e disse que tinha que confirmar com o médico certos detalhes quanto ao segundo item. Logo no dia seguinte o meu patrão ligou para a clinica onde confirmou que o segundo item não tinha sido prescrito pelo médico.
Na semana seguinte dei seguimento ao caso. Fiquei a saber que as autoridades levam assuntos deste tipo com bastante importância. Reportei ao PCT local (autoridade regional de saúde), e à polícia. O Drug Tariff (livro emitido com periodicidade mensal que determina o pagamento às farmácias pelos vários serviços prestados), estipula o pagamento de 70 libras para qualquer caso reportado de receita médica fraudulenta! Acho bem, há que premiar o trabalho que envolve lidar com uma situação destas.
Entretanto já enviei a papelada para receber o pagamento de 70 libras por reportar a receita médica e já fui à polícia fazer um depoimento, e em breve provavelmente terei de estar presente em tribunal relativamente a este caso.
Já não é a primeira vez que lido com uma situação de receita falsa. Há uns quatros anos atrás a minha denuncia até levou à descoberta de algo mais sério. Na altura foi o facto de ter recebido pela segunda vez uma receita de dentista para dihidrocodeina, sendo que a quantidade prescrita seria o suficiente para um mês (normalmente dentistas prescrevem quantidades para uma semanita). Após investigações descobriu-se que o cliente em questão tinha-se apoderado de um bloco de receitas do pai, dentista reformado!
PS1: Não meto aqui foto da receita por razões óbvias, sendo prova em tribunal, mas garanto que o cliente envolvido no caso fez um excelente trabalho em imitar a escrita do médico. Quase todos os meus colegas admitiram que lhes teria escapado.
PS2: Este post é obviamente em contra-corrente com o post anterior dos farmacêuticos de Londres que venderam Diazepam sem receita médica, como mostra na reportagem da BBC. A seriedade e celeridade com que a polícia tratou este caso onde alguém tentou obter 28 comprimidos de diazepam 10mgs, mostra o quão sério é o caso reportado pela BBC. Não só aqueles farmacêuticos perderão a carteira profissional como serão sujeitos a tribunal e a uma pena a condizer.
PS3: Inspector Carvalho ao seu dispor.
Tema
Pharmacy World
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Secret Santa
O Secret Santa (ou versão portuguesa "amigo secreto") é algo bastante popular por terras britânicas. Em qualquer loja, empresa ou até grupos de amigos é organizado uma troca de prendas anónima por altura do natal. Algum tempo antes do natal cada um tira um papelinho com o nome de um colega de trabalho e fica encarregue de lhe comprar um prenda até ao natal.
Tinha mais piada se todos alinhassem em prendas "malandras" e para gozar com o prendado respectivo, mas a maior parte dos meus colegas querem é dar uma prenda que seja "lovely" tal como eles dizem.
(Pensei que era assim que todos alinhavam, e no meu primeiro ano comprei a uma técnica de farmácia uma lingerie feita de doces (rebuçados e afins). Foi uma galhofa por causa disso, mas ela nem a chegou a levar para casa. Pelos vistos o marido é diabético. Temos pena que a minha prenda não tenha sido "lovely".)
Este ano e provavelmente devido à minha fama de um gosto requintado e de quem come comida estranha (polvo, lulas, peixe inteiro, cabidela etc) recebi isto:
Uns "Thai green curry crickets". Portanto uns grilos à moda da Tailândia. Não comi nada semelhante quando lá fui no ano passado (sim, já estamos em 2013), e vou agora comê-los no Reino Unido. Gostei, é este o tipo de prendas que defendo para os Secret Santas. (Obviamente que vou comê-los. Planeio ter uma cervejola à mão.
Também recebi:
Flores de camomila para fazer infusão. Também sou olhado de canto na farmácia por beber infusões. Já não bastava beber chá sem leite, como também bebo infusões de camomila, cidreira, limão e outras que tais, dos quais os inlgeses nem querem saber.
E ainda:
Uns saquinhos para fazer o "mulled wine". Que cheirinho agradável que têm. Irei usá-los com certeza.
Tinha mais piada se todos alinhassem em prendas "malandras" e para gozar com o prendado respectivo, mas a maior parte dos meus colegas querem é dar uma prenda que seja "lovely" tal como eles dizem.
(Pensei que era assim que todos alinhavam, e no meu primeiro ano comprei a uma técnica de farmácia uma lingerie feita de doces (rebuçados e afins). Foi uma galhofa por causa disso, mas ela nem a chegou a levar para casa. Pelos vistos o marido é diabético. Temos pena que a minha prenda não tenha sido "lovely".)
Este ano e provavelmente devido à minha fama de um gosto requintado e de quem come comida estranha (polvo, lulas, peixe inteiro, cabidela etc) recebi isto:
Uns "Thai green curry crickets". Portanto uns grilos à moda da Tailândia. Não comi nada semelhante quando lá fui no ano passado (sim, já estamos em 2013), e vou agora comê-los no Reino Unido. Gostei, é este o tipo de prendas que defendo para os Secret Santas. (Obviamente que vou comê-los. Planeio ter uma cervejola à mão.
Também recebi:
Flores de camomila para fazer infusão. Também sou olhado de canto na farmácia por beber infusões. Já não bastava beber chá sem leite, como também bebo infusões de camomila, cidreira, limão e outras que tais, dos quais os inlgeses nem querem saber.
E ainda:
Uns saquinhos para fazer o "mulled wine". Que cheirinho agradável que têm. Irei usá-los com certeza.
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