domingo, 28 de agosto de 2011

Como apanhar uma carroça num restaurante Inglês sem ficar a pedir?

Só recentemente descobri como!

Há coisa de uma semana atrás eu e a Ana fomos, com outro casal cuja rapariga trabalha com a Ana,  jantar a um restaurante ligeiramente diferente do normal.

A Ana já lá tinha ido anteriormente num jantar da farmácia, e tinha ficado com vontade de lá voltar. É um restaurante ligeiramente diferente na medida em que é em todos os aspectos um ambiente o mais familiar possível. A "casa", é verdadeiramente uma casa normal, o que por cá se chama uma terraced house (casa geminada) cuja sala da frente foi transformada em sala de jantar do "restaurante". O Restaurante é propriedade de um casal de italianos, que são a totalidade dos funcionários. Ele cozinha, e ela serve às mesas. Outro pormenor é que não têm licença para venda de bebidas alcoólicas. Curiosamente isto não significa que não se possa beber álcool no restaurante, apenas não se pode vender, daí que é aceitável que os clientes levem as suas bebidas (!)

Outro pormenor deste restaurante é que só abre alguns dias por semana, e que fecha consoante as férias do casal de proprietários. (Pelos vistos fecha aos três meses de cada vez quando o casal vai passar uns tempos a casa (Itália)).
Talvez por causa da boa comida ou pelo conceito em que os clientes levam as próprias bebidas, ou então por ambos, é um local bastante concorrido e é essencial marcação prévia para conseguir lugar.

Na sexta-feira 10 minutos antes da hora marcada estacionamos o carro na rua do restaurante. Foi fácil identificar o restaurante, bastando para tal seguir os transeuntes com garrafas de vinho e cerveja mão. Com o local identificado lá saí do carro munido de um Dão tinto e de saca-rolhas no bolso.


Ao passar a porta constatei que as dimensões da sala de jantar eram inferiores às da minha sala em casa, e que a contar com as 4 pessoas da nossa mesa éramos 22 pessoas no total! Isto significa que estava bastante cheio, ao ponto de pessoas terem que se levantar das suas mesas para que outras pudessem ir ao WC ou lá fora fumar um cigarro.

Em jeito de resumo diria que a comida estava muito boa, a um preço bastante acessível. Talvez porque permitem que os clientes levem bebidas alcoólicas, as bebidas não alcoólicas vendidas no restaurante eram super baratas, como coca-cola a 65p. O ponto negativo é que o facto de ser um espaço muito pequeno, que estando cheio de gente bastante alcoolizada é uma barulheira desgraçada... Mas não há como sair do restaurante não satisfeito, pela qualidade da comida, pelo preço acessível, porque já se sai de lá bem regado com vinho de qualidade, e pelo esforço que aquele casal não tem que fazer para conseguir servir tantos clientes daquela forma.

PS:  A minha masculinidade saiu de rastos daquele jantar. Da minha garrafa de Dão tinto que levei bebi pouco mais que meia garrafa. Já por outro lado a colega da Ana bebeu sozinha uma garrafa inteirinha de um vinho branco, e pior que tudo, ficou na mesma. Não há pedal para estes bifes no que toca a beber!

PS2: Detestei o vinho tinto Dão. Já não estou habituado a um sabor tão acre e adstringente. Prefiro tintos alentejanos ou do Sul de Espanha.

3 comentários:

  1. Espectáculo! Pena que não haja um franchising desse restaurante por estas bandas... ;)

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  2. Também já jantei num restaurante desse género em Lisboa. A diferença é que era chinês e vendiam bebidas alcoólicas. Mas adorei a comida e o ambiente, bastante alternativo e informal.

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  3. Aconselho vinho de Borba... Os cámones bebem aos baldes...

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