Que os emigras tugas se juntam à mesa já todos sabem, mas como é que eles se conhecem pela primeira vez é que é a questão!
A resposta é: Das mais variadas e simples maneiras.
Exemplo:
Praí há um ano atrás, num Sábado de manhã, fui ter com o Júlio a Bolton (não é Paris nem Londres) para irmos tomar um café e meter a conversa em dia (sim tal como as mulheres, os homens também vão ao café para pôr a conversa em dia, embora falem de coisas práticas e com sentido).
Íamos então a passar pelo mercado a caminho do café Costa em amêna cavaqueira.
Ao caminharmos passamos uma jovem que caminhava no mesmo sentido mas ligeiramente mais devagar, e durantes aqueles 5 segundos de ultrapassagem, a conversa foi esta:
Eu: "Pois é como te digo Júlio, o Benfica é merda..." (não foi isto, mas sei que disse um palavrão...heii sou de Braga!)
Ela*: "humm são Portugueses?"
Eu: "somos!"
Ela: "eu também!"
Eu: "Queres ir tomar um café?"
Ela: "Ok"
(Isto sem nunca ter abrandado o passo)
* Ela: Estivemos umas 2 horas numa conversa bem agradável. Uma rapariga que tinha chegado há 3 dias ao UK, e que tinha decidido apanhar o comboio para Bolton (que não conhecia) só para passear. Tinha deixado o emprego de jornalista em Portugal e tinha arriscado vir para o UK procurar emprego. Sei que esteve por cá 1 ou 2 meses em que não conseguiu arranjar emprego e que depois voltou, mais pobre e sem o emprego que tinha deixado. (fica aqui o alerta para quem pensar que é só aterrar cá e que depois tudo de resolve)
PS1: Tenho este charme, que é que posso fazer?
PS2: Meninas não sejam tão aventureiras. É que depois ainda passamos na casa do Júlio, onde tomamos chá, e o Júlio ainda a levou de volta a Manchester de carro. E se não fossemos assim tão bons rapazes e a porta se tivesse fechado por dentro? É que "socorro" aqui ninguém sabe o que é que quer dizer.
PS3: É como já tenho dito, há uma atracção natural por seres que partilham a nossa identidade tuga, daí que o pessoal se vá encontrando e conhecendo.
O primeiro tuga que conhecemos em Gloucester também foi numa história do genéro. Estávamos no Asda a discutir, em portugués, qual era o melhor peixe para levar para casa e alguém nos ouviu na a falar na língua de Camoes e, simplesmente, apresentou-se.
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