Friday, 23. October 2009, 17:48
Ora bem, de volta a temas sobre o Mundo Farmacêutico, e quanto a este tema não consigo ficar indiferente...
Desde que cá cheguei que fiquei absolutamente pasmado com o preço dos medicamentos genéricos que aqui se praticam. Os preços dos medicamentos genéricos no Reino Unido são incrivelmente mais baratos que em Portugal, de uma forma que não pensava ser possível! Isto deixou-me completamente perplexo e com um sentimento de perfeita indignação!
Pois bem, e qual a razão para esta situação? As patentes das várias substâncias activas têm dimensão mundial (e portanto caducam simultâneamente, ficando os genéricos simultâneamente disponíveis); O mercado é tão vasto no UK como em Portugal a nível de oferta de "marcas" de genéricos; além disso os medicamentos que aqui estão disponíveis são produzidos em indústrias farmacêuticas baseadas no UK, com mão de obra britânica (portanto com maiores custos de produção) e mesmo assim praticam preços incrivelmente mais baratos!
Haverá então algum imposto extra que se paga em Portugal, para explicar esta diferença de preços? SIM, e chama-se IDPM - Imposto Delegado de Propaganda Médica*
Um exemplo com valores actualizados:
O medicamento que provavelmente mais expressão tem à escala mundial: Sinvastatina
Portugal: (Talão de uma farmácia Portuguesa, Agosto 09)
Sinvastatina 20 mg - 60 comprimidos = €27,66 (e estou a usar um genérico baratíssimo, pois o preço de referência para o Sócrates é €39,53!!!!)
Reino Unido: (Preços segundo o Drug Tariff Outubro 2009):
Sinvastatina 20mg - 28 comprimidos = £1,02 (Isto dá um preço de £2,21 = €2,44 por 60 comprimidos)
Agora tentando perceber o que acontece nos 2 casos.
Portugal: Uma senhora reformada paga por 2 meses de medicação 17,43€!. O estado neste caso paga 10,23€ ao comparticipar parte do preço. A farmácia Obviamente compra este medicamento a um preço mais barato que 27,66€ e obtém o seu lucro na diferença entre compra e "venda".
Reino Unido: Um qualquer utente com mais de 60 anos não paga absolutamente nada pela medicação (tal como a quase totalidade da população). O estado tem como despesa os €2,44 + 1,00€ (pago à farmácia pela dispensa de um qualquer medicamento) = €3,44. A Farmácia ganha 1,00€ (dispensing fee) com a dispensa deste medicamento, uma vez que paga €2,44 pelo medicamento, que é exactamente o valor que o estado reembolsa a farmácia.
Isto só tem interesse para gente da área, mas cá vai a explicação de como funciona o estabelecimento dos preços e financiamento da farmácia no UK:
O estado estabelece mensalmente o preço que é justo pagar por determinado medicamento. (£1,02 pela Sinvastatina 20mg - 28 comp). Esse é o preço que a farmácia paga por este medicamento, independentemente do distribuidor a quem compre e do laboratório (marca do genérico) que produz o medicamento. Assim a farmácia não faz nenhum lucro na compra e "dispensa" do medicamento, pois o estado reembolsa a farmácia exactamente pela despesa que teve na aquisição do medicamento. Para financiar a farmácia, o estado paga uma taxa fixa de aproximadamente €1,00 por cada item dispensado (quer seja uma Aspirina, quer seja uma Gabapentina). Mesmo com estes preços super baixos, as farmácias ainda conseguem dos distribuidores um desconto na conta final a pagar, o que também no final ajuda no financiamento das farmácias.
Alguns preços de genéricos no UK:
Tamsulosin 400microgram modified-release capsules 30 - £4,58
Omeprazole 20mg gastro-resistant capsules 28 - £1,77
Ramipril 10mg capsules 28 - £1,46
Amlodipine 10mg tablets 28 - £1,26
Incrível??
Talvez! E qual a grande diferença? A ausência de delegados de propaganda médica* (e tudo o que este conceito engloba)! Aliás, na farmácia aqui andamos sempre às cabeçadas à procura de canetas! É que nem canetas de propaganda médica!
Mas para que servem os Delegados de PROPAGANDA médica? (e não de informação médica como eles aspiram a ser tratados)
A dúvida que sempre surge é se será obrigação profissional e deontológica de um profissional qualificado na área da saúde (Médico/Farmacêutico/Dentista/Enfermeiro etc) de procurar uma actualização permanente dos seus conhecimentos através de fontes imparciais e fidedignas conhecendo as mais recentes "guide-lines" e estudos científicos sobre as suas áreas de actuação, ou se por outro lado será aceitável que obtenham toda essa actualização de conhecimentos através de um individuo(a) com o 9º ano mal acabado e que tenha sido metido à pressão dentro de um fato e adornado com uma gravata ao pescoço e que apresenta como características gerais um paleio digno de um político, uma generosidade digna de um Pai Natal e um sex-appeal capaz de fazer subir a pressão arterial de um morto? Penso que a resposta será diferente caso falemos de um país do primeiro mundo ou de um país de terceiro mundo.
Alguns factos curiosos acerca dos delegados de propaganda médica:
- Aqui (UK) os poucos que existem são farmacêuticos e têm reuniões com os PCTs (ARS - Administração Regional de Saúde). A maior parte estão proibidos de entrar nos centros de saúde.
- Lembra-me que em Portugal um médico recebia €5 por cada Tamsulosina de uma certa marca que prescrevia (os famosos genéricos de marca!) - Aqui não dava por o mesmo medicamento custa cerca de €5! (claro que ao custar praí 30€ dá para desviar 5€ do bolso do utente para convencer o médico a prescrever o tal genérico de marca)
- Em Portugal os DPM são autênticos vendedores ambulantes. Vendem directamente às farmácias com bónus de compras até 300%!! Ou seja, a farmácia paga 100 e recebe 300 caixas! (Como é que o estado pode estabelecer preços de referência tão altos! Pelos vistos a indústria farmacêutica portuguesa consegue custos de produção muito mais baixos!)
- Em Portugal estes individuos andam com as malas cheias de brindes para agradar a médicos e às farmácias, enquanto que aqui nem canetas dão!
- Uma "informação" médica totalmente parcial. Uma vez um tentava-me convencer que não fazia sentido usar Losartam (medicamento para a hipertensão) quando existe a associação Losartam + Hidroclorotazida que controla muito melhor a pressão arterial! Mas então a medicação não é ajustada em função dos resultados (não existem guide-lines?)? Vai um palerma destes tentar convencer um médico a prescrever a associação só porque a associação Losartam+Hidroclorotiazida tem uma patente mais prolongada mesmo quando o paciente tem a Tensão arterial controlada com a substância inicial?? Quem sofre no meio disto? É o "ignorante" do paciente, que sem saber porquê vive com a inconveniência de tomar um diurético, que sofre efeitos secundários de uma substância extra (cãibras, desiquilibrio electrolitico, Hipotensão portural, Hipocalemia etc)...
Em forma de conclusão podemos afirmar que afinal não é pelo facto de o UK ser um país muito mais rico que consegue oferecer um sistema de saúde de alta qualidade, gratuito a TODA a sua população! Portugal gasta MUITO MAIS e ainda faz um pobre reformado pagar 17,43€ por 2 meses de tratamento com sinvastatina! Bem, parece que agora os reformados com menos rendimentos também recebem a medicação de forma gratuita o que é um presente envenenado para a população, uma vez que neste caso seria o estado a pagar os 27,66€ (em vez dos 3,44€ que gastaria o governo Britânico!).. Afinal de contas o estado somos todos nós!
* Imposto Delegados de Propaganda Médica:
- Salários de uma inteira classe trabalhadora desnecessária (que constitui uma fatia enorme dos recursos humanos da Indústria Farmacêutica.)
- Bónus na venda a farmácias. (chegam a 300%!)
- Todo o tipo de brindes a farmácias, mas sobretudo à classe médica. (De Portáteis a viagens!)
- Congressos de PUBLICIDADE médica, nos melhores hotéis e com jantares com muita classe.
- Lampreia...
Vendo bem estas despesas,sobretudo sabendo o preço da dose de lampreia, se calhar os preços dos medicamentos em Portugal até são bem baratos!!
(Já agora que falo sobre a farmácia, aproveito mencionar a vitória do Prof Mauricio Barbosa nas eleições prá Ordem dos Farmacêuticos! A ver se isto melhora)
Desde que cá cheguei que fiquei absolutamente pasmado com o preço dos medicamentos genéricos que aqui se praticam. Os preços dos medicamentos genéricos no Reino Unido são incrivelmente mais baratos que em Portugal, de uma forma que não pensava ser possível! Isto deixou-me completamente perplexo e com um sentimento de perfeita indignação!
Pois bem, e qual a razão para esta situação? As patentes das várias substâncias activas têm dimensão mundial (e portanto caducam simultâneamente, ficando os genéricos simultâneamente disponíveis); O mercado é tão vasto no UK como em Portugal a nível de oferta de "marcas" de genéricos; além disso os medicamentos que aqui estão disponíveis são produzidos em indústrias farmacêuticas baseadas no UK, com mão de obra britânica (portanto com maiores custos de produção) e mesmo assim praticam preços incrivelmente mais baratos!
Haverá então algum imposto extra que se paga em Portugal, para explicar esta diferença de preços? SIM, e chama-se IDPM - Imposto Delegado de Propaganda Médica*
Um exemplo com valores actualizados:
O medicamento que provavelmente mais expressão tem à escala mundial: Sinvastatina
Portugal: (Talão de uma farmácia Portuguesa, Agosto 09)
Sinvastatina 20 mg - 60 comprimidos = €27,66 (e estou a usar um genérico baratíssimo, pois o preço de referência para o Sócrates é €39,53!!!!)
Reino Unido: (Preços segundo o Drug Tariff Outubro 2009):
Sinvastatina 20mg - 28 comprimidos = £1,02 (Isto dá um preço de £2,21 = €2,44 por 60 comprimidos)
Agora tentando perceber o que acontece nos 2 casos.
Portugal: Uma senhora reformada paga por 2 meses de medicação 17,43€!. O estado neste caso paga 10,23€ ao comparticipar parte do preço. A farmácia Obviamente compra este medicamento a um preço mais barato que 27,66€ e obtém o seu lucro na diferença entre compra e "venda".
Reino Unido: Um qualquer utente com mais de 60 anos não paga absolutamente nada pela medicação (tal como a quase totalidade da população). O estado tem como despesa os €2,44 + 1,00€ (pago à farmácia pela dispensa de um qualquer medicamento) = €3,44. A Farmácia ganha 1,00€ (dispensing fee) com a dispensa deste medicamento, uma vez que paga €2,44 pelo medicamento, que é exactamente o valor que o estado reembolsa a farmácia.
Isto só tem interesse para gente da área, mas cá vai a explicação de como funciona o estabelecimento dos preços e financiamento da farmácia no UK:
O estado estabelece mensalmente o preço que é justo pagar por determinado medicamento. (£1,02 pela Sinvastatina 20mg - 28 comp). Esse é o preço que a farmácia paga por este medicamento, independentemente do distribuidor a quem compre e do laboratório (marca do genérico) que produz o medicamento. Assim a farmácia não faz nenhum lucro na compra e "dispensa" do medicamento, pois o estado reembolsa a farmácia exactamente pela despesa que teve na aquisição do medicamento. Para financiar a farmácia, o estado paga uma taxa fixa de aproximadamente €1,00 por cada item dispensado (quer seja uma Aspirina, quer seja uma Gabapentina). Mesmo com estes preços super baixos, as farmácias ainda conseguem dos distribuidores um desconto na conta final a pagar, o que também no final ajuda no financiamento das farmácias.
Alguns preços de genéricos no UK:
Tamsulosin 400microgram modified-release capsules 30 - £4,58
Omeprazole 20mg gastro-resistant capsules 28 - £1,77
Ramipril 10mg capsules 28 - £1,46
Amlodipine 10mg tablets 28 - £1,26
Incrível??
Talvez! E qual a grande diferença? A ausência de delegados de propaganda médica* (e tudo o que este conceito engloba)! Aliás, na farmácia aqui andamos sempre às cabeçadas à procura de canetas! É que nem canetas de propaganda médica!
Mas para que servem os Delegados de PROPAGANDA médica? (e não de informação médica como eles aspiram a ser tratados)
A dúvida que sempre surge é se será obrigação profissional e deontológica de um profissional qualificado na área da saúde (Médico/Farmacêutico/Dentista/Enfermeiro etc) de procurar uma actualização permanente dos seus conhecimentos através de fontes imparciais e fidedignas conhecendo as mais recentes "guide-lines" e estudos científicos sobre as suas áreas de actuação, ou se por outro lado será aceitável que obtenham toda essa actualização de conhecimentos através de um individuo(a) com o 9º ano mal acabado e que tenha sido metido à pressão dentro de um fato e adornado com uma gravata ao pescoço e que apresenta como características gerais um paleio digno de um político, uma generosidade digna de um Pai Natal e um sex-appeal capaz de fazer subir a pressão arterial de um morto? Penso que a resposta será diferente caso falemos de um país do primeiro mundo ou de um país de terceiro mundo.
Alguns factos curiosos acerca dos delegados de propaganda médica:
- Aqui (UK) os poucos que existem são farmacêuticos e têm reuniões com os PCTs (ARS - Administração Regional de Saúde). A maior parte estão proibidos de entrar nos centros de saúde.
- Lembra-me que em Portugal um médico recebia €5 por cada Tamsulosina de uma certa marca que prescrevia (os famosos genéricos de marca!) - Aqui não dava por o mesmo medicamento custa cerca de €5! (claro que ao custar praí 30€ dá para desviar 5€ do bolso do utente para convencer o médico a prescrever o tal genérico de marca)
- Em Portugal os DPM são autênticos vendedores ambulantes. Vendem directamente às farmácias com bónus de compras até 300%!! Ou seja, a farmácia paga 100 e recebe 300 caixas! (Como é que o estado pode estabelecer preços de referência tão altos! Pelos vistos a indústria farmacêutica portuguesa consegue custos de produção muito mais baixos!)
- Em Portugal estes individuos andam com as malas cheias de brindes para agradar a médicos e às farmácias, enquanto que aqui nem canetas dão!
- Uma "informação" médica totalmente parcial. Uma vez um tentava-me convencer que não fazia sentido usar Losartam (medicamento para a hipertensão) quando existe a associação Losartam + Hidroclorotazida que controla muito melhor a pressão arterial! Mas então a medicação não é ajustada em função dos resultados (não existem guide-lines?)? Vai um palerma destes tentar convencer um médico a prescrever a associação só porque a associação Losartam+Hidroclorotiazida tem uma patente mais prolongada mesmo quando o paciente tem a Tensão arterial controlada com a substância inicial?? Quem sofre no meio disto? É o "ignorante" do paciente, que sem saber porquê vive com a inconveniência de tomar um diurético, que sofre efeitos secundários de uma substância extra (cãibras, desiquilibrio electrolitico, Hipotensão portural, Hipocalemia etc)...
Em forma de conclusão podemos afirmar que afinal não é pelo facto de o UK ser um país muito mais rico que consegue oferecer um sistema de saúde de alta qualidade, gratuito a TODA a sua população! Portugal gasta MUITO MAIS e ainda faz um pobre reformado pagar 17,43€ por 2 meses de tratamento com sinvastatina! Bem, parece que agora os reformados com menos rendimentos também recebem a medicação de forma gratuita o que é um presente envenenado para a população, uma vez que neste caso seria o estado a pagar os 27,66€ (em vez dos 3,44€ que gastaria o governo Britânico!).. Afinal de contas o estado somos todos nós!
* Imposto Delegados de Propaganda Médica:
- Salários de uma inteira classe trabalhadora desnecessária (que constitui uma fatia enorme dos recursos humanos da Indústria Farmacêutica.)
- Bónus na venda a farmácias. (chegam a 300%!)
- Todo o tipo de brindes a farmácias, mas sobretudo à classe médica. (De Portáteis a viagens!)
- Congressos de PUBLICIDADE médica, nos melhores hotéis e com jantares com muita classe.
- Lampreia...
Vendo bem estas despesas,sobretudo sabendo o preço da dose de lampreia, se calhar os preços dos medicamentos em Portugal até são bem baratos!!
(Já agora que falo sobre a farmácia, aproveito mencionar a vitória do Prof Mauricio Barbosa nas eleições prá Ordem dos Farmacêuticos! A ver se isto melhora)
Eugénio, este post é fantástico. Vou fazê-lo chegar a tanta gente quanto possível. O que relatas é a mais pura realidade e é, no mínimo, um nojo. Hoje estava a ler o Drug Tariff e a pensar como seria possível que em Portugal (um dos países mais pobres da Europa)os medicamentos fossem tão caros. Chego a casa e apanho a Vanessa a ler este post... Como escreveu o Jorge palma: "Ai Portugal, Portugal... De que é que estás à espera?"
ResponderEliminarOptimo post! Não fazia ideia da tamanha disparidade de preços... O engraçado é que os Delegados de Propaganda Médica (embora tentem retirar o "propaganda", que dizem que dá ideia de regime...) são a arma de marketing mais poderosa de todo o mercado! Não há qualquer outra actividade de marketing com resultados semelhantes... e vocês dizem "ok, não admira, ao dinheiro que gastam até um cego convenciam a ver...", mas a verdade é que mostra o colaboracionismo e conivência da classe médica. excelente post!
ResponderEliminarExcelente post.
ResponderEliminarA única coisa que me ocorre, principalmente nestes dias de altíssimos deficits orçamentais, é quanto é que o 'Estado' não pouparia se adoptasse o modelo britânico... Só uma ideia. Sérgio
ResponderEliminarVários erros grosseiros no post que está cheio de ressabiamento. Em primeiro, a maioria do Delegados de Informação Médica são licenciados. Em segundo, é uma obrigação dos empregadores garantirem formação aos seus trabalhadores. O Estado não garante formação aos médicos, enfermeiros e farmaceuticos que trabalham no SNS. Em terceiro, os reformados portugueses com baixos rendimentos têm os medicamentos gratuitos tal como no UK. Em quarto, a comparação com o UK é estupida porque há países muito melhor governados que mantêm os DIM. O problema do nossos sistema de saúde não são os DIM. Post míseravel e cheio de mentiras.
ResponderEliminarÉ repugnante que num centro de saúde se possam ver quase tantos "DIM" quanto doentes, quais abutres. Quanto a mim, dispenso a "informação" destes "delegados"...
ResponderEliminar"Em primeiro, a maioria do Delegados de Informação Médica são licenciados."
ResponderEliminarPeço desculpa pelo erro e fico muito contente que muita coisa tenha mudado em 2 anos apenas!
"Em segundo, é uma obrigação dos empregadores garantirem formação aos seus trabalhadores. O Estado não garante formação aos médicos, enfermeiros e farmaceuticos que trabalham no SNS."
E se calhar deveriam fazer mesmo exames para ter a certeza que os profissionais, pessoas adultas, andam mesmo a estudar!
"Em terceiro, os reformados portugueses com baixos rendimentos têm os medicamentos gratuitos tal como no UK."
Foi exactamente isso que eu referi no post! Mas como é o estado a pagar a totalidade dos medicamentos não há problema... não temos nada a ver com o estado Português... certo?
Enquanto os Portugueses virem o estado como inimigo e não como sendo fazendo parte dele isto não vai prá frente!
"Post míseravel e cheio de mentiras."
Peço imensa desculpa se este post lhe assentou que nem uma luva
Vim cá ter via www.peliteiro.com Gostei muito do post! Fá-lo-ei chegar a tanta gente qt possível. Vou responder ao ressabiado anónimo: Em primeiro, a maioria do Delegados de Informação Médica são licenciados. -- Em psicologia e cursos afins que não lhes confere capacidade técnica na área farmacoterapêutica, mas sim em fz "brainwash". Em segundo, é uma obrigação dos empregadores garantirem formação aos seus trabalhadores. O Estado não garante formação aos médicos, enfermeiros e farmaceuticos que trabalham no SNS. -- Vejamos, se ng qualificado me ensinar a construir pontes, eu não quero que seja, por exemplo, um pasteleiro a vir ensinar-me. Não havendo formação, a má "formação", ou seja, as vendas, não compensam a falta de formação que grassa. Em terceiro, os reformados portugueses com baixos rendimentos têm os medicamentos gratuitos tal como no UK. -- Olhe q a maior parte não tem. Pagam menos, mas pagam! Em quarto, a comparação com o UK é estupida porque há países muito melhor governados que mantêm os DIM. O problema do nossos sistema de saúde não são os DIM. -- O problema não são SÓ os DIMs, mas são uma grande grande parte dos problemas. Post míseravel e cheio de mentiras. -- Ser DIM por não ter emprego na área de formação deve ser tramado.
ResponderEliminarCorrupção, só corrupção. A partir do momento em que condenados pela justiça são eleitos como presidentes da camara, já nada tenho a dizer sobre o país que temos. Estes governantes são o reflexo do povo. O SNS inglês é completamente distinto a sua mimetização no sul da europa impraticavel. Estes hospitais monstruosos, autenticas aberrações, como este que vai ser construído ali no parque das nações, pertencem a um modelo completamente ultrapassado dos anos 60. No norte da Europa dão-se mais importância aos cuidados primários. Aqui ninguém com uma dor de barriga pensa ir ao centro de saúde ou à farmácia, vai logo mas é a correr para as urgências. Somos corruptos, estupidos e atrasados, não há nada a fazer. É deste sol todo, só pode
ResponderEliminar: "Somos corruptos, estupidos e atrasados, não há nada a fazer. É deste sol todo, só pode." É o que eu digo... O sol e o calor fazem mal!
ResponderEliminarYev, Como se diz por cá... You touched a nerve! lol Sérgio
ResponderEliminarExcelente post! E como este, tantos outros exemplos nas mais diversas áreas poderiam ser dados!!! Marshmallow
ResponderEliminarExcelente post eugenio. E as fantásticas ofertas de viagens às farmácias em que estas só têm de comprar 10000 caixas, ou entao no centro de saúde onde os médicos só têm de gastar tinta. É tudo a tentar roubar o mais que pode. No outro dia tive de ir ao centro de saúde e era só DIM a entrar pelos consultórios a dentro com ou sem doentes lá dentro, como se aquilo fosse tudo deles... à patrão. Abraço, diz algo quando estiveres por braga
ResponderEliminarOlá Eugénio, O post está excelente. É o nosso Portugal pequenino a que já estamos habituados. Só recentemente descobri o teu blog mas passarei a ser um leitor assíduo. Grande abraço e felicidades
ResponderEliminarOlá Eugénio! Sigo o teu blogue já algum tempo! Pode parecer estupido, mas antes deste teu post, bastava colocar a combinação "eugenio + chapter" no google que o teu bloge aparecia logo na primeira opção! Depois deste post, pude constatar com surpresa que qualquer combinação não apresenta resultados! Não quero estar aqui a tecer a teoria da conspiração...mas que é estranho é!!!
ResponderEliminarEstava so a brincar
ResponderEliminarComo disse antes num post qualquer adoro teorias da conspiração!! Mas infelizmente esta não se verifica...lol
ResponderEliminarOs tentáculos do polvo ainda não condicionam à Google..lol
Olá Eugênio!
ResponderEliminarTambém sou leitora assídua do seu blog!!!
Sou brasileira e aqui em meu país também existem destes "profissionais", aqui chamados de REPRESENTANTES DE MEDICAMENTOS. Agora temos uma lei que proíbe que estes representantes deêm aos médicos, farmacêuticos e outros profissionais que trabalham na área da saúde seus brindes. Espero que esta lei melhore a qualidade das prescrições em meu país.
Geovanna Cunha.
excelente post!
ResponderEliminarMuito bom!! Eu sei de que falas, mas de uma outra prespectiva. Trabalhei 10 anos em agencias de viagems e o prato do dia eram as viagens que os laboratórios ofereciam aos médicos. Os congressos de fachada em locais paradisiacos. Um escandalo!! Eram milhares de euros por ano em viagens para cada médico. E o consumidor e o Estado a pagar!! Vergonha! Quanto aos DIM licenciados, garanto que nem todos sao. Eu conheci, pelo menos 2 com o nono ano.... e muita lábia....(2 casos de pessoas que se encontraram desempregadas e arranjaram maneira simples de fazer dinheiro. Uma delas era vendedora de automóveis....). Parabéns Eugénio!!
ResponderEliminarA minha experiência como médico diz-me que: as poucas vezes que soube a área de formação ou o nível académico de um DIM, este ou tinha o 12º ano, ou era formado, por exemplo, em Engenharia Florestal, o que para mim, em termos de conhecimentos farmacológicos, é igual a nada. Não basta ser "doutor" para perceber de um assunto. A afirmação de que a maioria dos DIM's é licenciada, sem sequer ter a amabilidade de nos informar qual é a licenciatura que os DIM's obtiveram, é cómica. Equivale a dizer que eu tenho a carta de condução logo tenho toda a legitimidade para usar armas de fogo. Também existem alguns médicos que são contratados por empresas farmacêuticas, calculo que por somas generosas, que, na melhor das hipóteses, tentam palestrar sobre um tema de forma o mais isenta possível, fazendo por referir lá no meio, à laia de compromisso comercial, o nome do medicamento em causa. No extremo oposto do espectro, existem médicos que basicamente caem no ridículo, tentando convencer os seus pares de que o medicamento que promovem é uma panaceia quase universal, servindo-se do seu posto académico/especialidade prestigiada para tentar calar qualquer voz crítica. Estas palestras são aquilo que mais se aproxima do termo "formação" que o anónimo acima tentou colar às acções de propaganda comercial da indústria farmacêutica. Quanto ao resto, TODA a gente sabe do desperdício, do atentado ecológico, do "lambe-botismo", da simbiose, das jantaradas, das viagens, dos "congressos", ou deverei dizer mega sessões de marketing, que caracterizam a relação promíscua entre a indústria farmacêutica e os médicos, da qual os DIM's são meros intermediários. Só não se faz nada e continua a acontecer porque: 1. A indústria farmacêutica tem MUITO dinheiro, o que em Portugal equivale a poder para influenciar qualquer legislação ou regulação do sector. A este propósito, verifica-se perfeitamente o ditado de que "dinheiro gera dinheiro", quanto mais poderosa é determinada empresa, mais peso tem no lobby junto do governo, o que vai fazer com que passe a ter ainda mais poder e assim por diante; 2. O povo, 35 anos do 25 de Abril, ainda conserva o reflexo condicionado de baixar as orelhas sempre que a selecção ganha um jogo, iludindo-se de que é muito contestatário sempre que brada contra o que está mal ao fim de uns copinhos de tinto. Na hora de agir, protestar, escrever, reclamar, manifestar, votar, mudar, escolher, não dá porque "não se chateia o senhor doutor", "dá muito trabalho", "tenho um emprego a conservar", "ainda não estamos assim tão mal" ou o já clássico "tá um belo dia de praia hoje". Raios, estamos para aqui a falar do preço dos genéricos quando muitos pacientes portugueses continuam a fazer a associação "caro=bom", e recusam-nos. Faz-me lembrar a esquizofrenia de um país que passa quatro anos a protestar contra um governo para no fim o eleger de novo, calculo que para poder continuar a ter o seu ódio de estimação privado, para continuar a insultar por mais outros quatro anos... Só mais duas ou três coisas: Há rios de dinheiro que vão dos bolsos de todos nós para alimentar esta relação entre médicos e farmacêuticas. Ponto. A afirmação de que os reformados com baixos rendimentos não pagam os medicamentos é uma TRETA. A menos que se entenda por baixos rendimentos "miséria sub-humana", claro. A reforma média em Portugal mal dá para uma pessoa saudável se sustentar um mês, quanto mais para comprar os múltiplos medicamentos de que muitas vezes necessitam os reformados. Um abraço, Eugénio
ResponderEliminarOlá João (não sei quem és mas também não interessa),
ResponderEliminarUm médico que fala assim, mostra desde logo uma muito saudável "convivência" com o seu próprio ego... Egos empolados pelo poder financeiro facilmente cedem a esta promiscuidade entre classe médica e indústria farmacêutica e rapidamente condenam uma, até então, promissora carreira médica...
Acredito que logo após as primeiras cedências e "parcerias" com a indústria farmacêutica nunca mais os médicos voltam a ser completamente livres de pensamento, entrando num interminável e vergonhoso ciclo de negociatas....
Alguém uma vez disse: "Todos temos um preço, a única diferença é que os honestos são mais caros"... É capaz de ser verdade!
Desta forma, bem hajam os médicos "livres de pensamento"..
Antes de mais, devo dizer que esta discussão remete-me para o início do Marketing. Desde o inicio dos tempos que o Marketing existe. O diabo lá convenceu a pobre "Eva" a provar o futo proibido, sendo bem sucedido no seu esquema maléfico. Ora dizer que o Marketing é maléfico, seria o mesmo que dizer que a Medicina é maléfica quando um médico comete uma negligência. O mesmo será dizer que alguém que usa o Marketing da forma errada define o Marketing. A esses podemos chamar de "Marketeiros". O marketing é demasiado complexo para se definir numa frase. Ainda assim o conceito de Marketing não é mais do que a criação de valor para o consumidor, exercendo uma contribuição social e cultural forte e justa. Agora não me digam que os médicos são uns santos e que a culpa é dos Dim. Isso seria o mesmo que dizer que a culpa é só dos traficantes de droga e não dos consumidores. TODOS ALIMENTAM O SISTEMA!!!! Saudações.
ResponderEliminarsou delegado de informação médica. não gosto mas não tenho alternativa. penso muitas vezes porque é que esta profissão existe nos dias de hoje, pois se a informação está à distância de um "click"? se já não existisse eu estaria provávelmente sem trabalho pois na àrea em que tenho licenciatura ( das velhas, anterior a Bolonha) pura e simplesmente não arranjo trabalho. mas esta profissão existe por duas razões básicas: -porque há produtos para vender e promover -porque há clientes para comprar sem gastarem um "tusto" ( leia-se médicos) enquanto assim for, de uma forma ou de outra as relações mais ou menos promiscuas entre a industria farmacêutica ( e não os delegados, que são meros escravos dos senhores do lucro) vão continuar a existir. e se se perguntar à generalidade dos médicos o que é que acha de nós..... somos uns chatos.... mas lá vão aceitando o brinde esferográfica.... inconclusivo e cansado... outro dia falarei mais do assunto... tenho dito
ResponderEliminarDe facto este é um tema quente. Eu infelizmente sou delegada de informmação médica e estou a todo o custo a tentar sair desta profissão parva, porque de facto, nós somos os "escravos" do sistema, porque nem passa pela cabeça do comum dos mortais a pressão a que estamos sujeitos. Somos tratados abaixo de cão pela entidade empregadora (somos apenas um número que passa de bestial a besta num apice), somos mal vistos perante a sociedade e pela classe médica como fonte de brindologia mais ou menos agradaveis (desde a vulgar caneta, ao livro que custa uma fortuna até à viagem luxuosa...)Certo é que no meio deste profissionais temos por vezes a sorte de encontrar alguns que compreende a nossa frágil posição. As farmacias por seu turno (e os farmaceuticos, por conseguinte) são as que lucram mais com todo este negócio, pois é bem verdade que conseguem bónus verdadeiramente escandalosos na venda de génericos. País triste...
ResponderEliminarOs profissionais de Informação Médica, não podem ser os culpados da maneira que se comporta o sistema. Eles trabalham e são os ultimos culpados do que se passa.DEVERIA HAVER MAIS RESPEITO POR QUEM TRABALHA. pOR ACASO O Eugénio nunca concorreu a um lugar de DIM e foi recusado?
ResponderEliminarEu se fosse um pedreiro imigrante culpava todos os pedreiros que trabalham em Portugal, não é Eugenio?
ResponderEliminarQue anedota de leitor!
ResponderEliminarPara acabar com a sua curiosidade digo-lhe que nunca concorri para nenhuma posicao de DIM, nunca me passou pela cabeca, mas certamente teria mais autoridade para desempenhar essa funcao do que alguem nao farmaceutico..
Vai á merda Eugénio! Um delegado comeu-te a mulher, ressabiado! ahahahah
ResponderEliminarE' preciso ter paciencia com algumas pessoas! Quem nao gosta do que aqui se le, que nao leia, ha mais blogs por ai!!!
ResponderEliminarBem, eu estive sem visitar o teu blog durante uns tempos e quando regresso encontro isto... Se duvidas houvesse relativamente ao carácter de algumas pessoas que se dizem DIM'S elas foram completamente esclarecidas no post anterior... A agressão é sempre o ultimo recurso de quem não tem razão... E neste caso não tem, de forma nenhuma e de nenhum ângulo que se queira olhar o assunto. Infelizmente em Portugal há muito poucos DIM'S, conheço alguns, pessoas educadas, simpáticas e sobretudo com alguma idade e com a perfeita noção do seu papel e do papel dos outros. No entanto nos últimos tempos tenho sido confrontado com uma serie de indivíduos que de alguma forma acham que têm algo a ensinar quer a médicos quer a farmacêuticos e que sabe-se lá porquê se acham superiores a esses profissionais...Curiosamente a maioria cede ao fim de 1 ao 2 perguntas mais técnicas, refugiando-se na oferta de uma caneta ou um x-acto para nos tapar os olhos, vá e um jantar ou outro ( sobretudo na época festiva que atravessamos, a da lampreia!). E no fundo, salvaguardando essa meia dúzia de Profissionais de informação médica que já referi, é essa a grande função da grande maioria dos actuais DIM'S...sentirem-se importantes porque nos levam a jantar...o que eles não sabem é que na maioria dos casos depois disso acabamos sempre por optar pelas marcas cujos DIM'S respeitamos e nos respeitam e não por aquelas que nos tentam comprar...
ResponderEliminarOlá Eugénio!! Visito algumas vezes o teu blog e tenho-te a dizer que adoro, acabo sempre por descontrair e dar umas boas risadas... para além de ficar mais bem informada da vida por "terras de sua magestade"... estou a pensar seriamente em arrumar a trouxa e rumar até Inglaterra, tenho recebido algumas propostas de trabalho, mas a indecisão é grande, por isso toda a informação que venha desses lado é uma mais valia para quem está na mesma situação que eu... por isso continua com os excelentes post... Quanto aos ditos Delegados realmente nem todos são licenciados... conheço alguns e posso afirmar que a sua formação na área farmacológica/Saúde é nenhuma... Quanto aos idosos com rendimentos baixos terem os medicamentos gratuitos, isso sim é uma valente treta... são muito poucos aqueles o k os têm... Sr anónimo de 3 comentários acima, parece que o frustrado aqui é o senhor, aconcelharia-o a tomar umas doses de Fluoxetina... ahh mas espere será melhor o seroxat, custa uns € a mais, por isso o efeito deverá ser melhor... Pode ser que o ajude a ter mais respeito pelas MULHERES...
ResponderEliminarSou nutricionista e nada tenho que ver com a área da informação médica, no entanto, não deixo de ficar incomodada com a forma leviana como fala das outras pessoas. pelo que percebi é farmacêutico e certamente que não gosta quando falam mal da vossa classe profissional... no entanto e trabalhando eu em farmácias, quem mais lucro tem com a classe mal formada, como diz, dos DIM, são mesmo os farmacêuticos. Quantoa minha opinião, acho que devia ter mais respeito pela profissão dos outros, que unicamente estão a tentar fazer aquilo que você também faz....Ganhar a vida! Agora infelizmente ha bons e maus profissionais, como em tudo, e francamente neste momento lendo o seu comentário, muito bem escrito a propósito (parabéns, tirou uma lincenciatura, teve dinheiro para isso...tirou o curso em quantos anos já agora??)não tenho a certeza que seja um bom profissional... Mas sabe que é por esse tipo de comentários, de quem nada faz para mudar o mundo, nem o seu pequeno mundo,que Portugal está como está... Porque só sabemos dizer mal uns dos outros... e porque nos ilogiamos sempre do que sabemos fazer melhor... E porque só olhamos para o nosso umbigo!Agora diga-me la, o que faz de bom por si e pelos outros? Anda a ajudar de alguma forma os idosos de que fala? Ou acha que só os outros têm deveres cívicos? Experimente dar algo de bom de si aos outros em vez de escrever tão mal de pessoas e de generalizar tudo até à exaustão...
ResponderEliminar"Quanto a minha opinião, acho que devia ter mais respeito pela profissão dos outros, que unicamente estão a tentar fazer aquilo que você também faz....Ganhar a vida"
ResponderEliminarOs ladrões também fazem o que fazem para ganhar a vida! Isso serve de desculpa?
"não tenho a certeza que seja um bom profissional... Mas sabe que é por esse tipo de comentários, de quem nada faz para mudar o mundo, nem o seu pequeno mundo,que Portugal está como está... Porque só sabemos dizer mal uns dos outros... "
Por ninguém dizer nem fazer nada é que nada muda, e os seus queridos idosos continuam a pagar até ao último cêntimo da reforma as jantaras de muitos profissionais da saúde...
Mafalda: você leu o post que escrevi? Fico pasmado por trabalhar numa área tão próxima daquela sobre a qual escrevi e que não tenha a clarividência para ver o que realmente está mal e deveria mudar! Admito que ter experienciado uma realidade diferente de um país de 1º mundo me tenha feito perceber aquilo que está mal no sistema Português... Mas não sou de forma alguma um iluminado, qualquer pessoa com dois dedos de testa nas várias áreas da saúde sabe bem o que está mal e como tudo deveria mudar...
Ora nem mais....
ResponderEliminarSim de facto acho que ser ladrão é uma profissão de sucesso e renome...foi um excelente exemplo! Eu também acho que há muita coisa que esta mal. Mas não vou dizer que a culpa é dos DIM, porque eles são meros funcionarios de outrem, e se não fosse esse emprego era outro qualquer...são vendedores e ao que vejo muitos deles optimos vendedores, com optimos conhecimentos, outros nem por isso, também sei. Muitos deles são licenciados, o que neste momento e neste país, qualquer um é, seja burrinho ou muito inteligente. Acho que infelizmente o mal dos nossos velhinhos passa por outra classe que não a dos DIM. Era dessa que eu gostava de o ver falar com a mesma entrega e paixão. O problema da área da saúde, e que esta sim, não é preciso ser clarividente para saber, é que os médicos e farmacêuticos deste país, têm preço, estão à venda, porque sem eles, a classe de que não gosta, nem sequer existia... Mas há pouca gente honesta e sem preço nessas classes, porque DIM há muitos, cada vez mais...! Ou não concorda? não é preciso ser-se muito inteligente para se ver isto... Porém, infelizmente o nosso país está como está, não por cauda de DIM e o que eles ganham, mas por causa de toda uma geração de politicos corruptos e manipuladores, que caso alguem quisesse Portugal ou os portugueses, ate nos vendia ao preço da chuva para ganhar só mais algum. A única coisa que eu quis dizer com o meu comentário, é que nós só nos sabemos queixar, e trabalhar que é bom gostamos pouco, escondemo-nos atrás do rendimento minimo que alguem nos deu porque somos maus, ou porque temos uma giga de filhos e alguem que trabalhe por nós... nem que sejam os DIM... Acho apenas que devemos tentar fazer a diferença por nós, em vez de perdermos tempo a falar mal dos outros. Porque ao que eu vejo para além de seguidores não ganha nem muda nada... Eu pelo menos tento fazer um bocadinho mais e melhor cada dia, ate mesmo pelos velhinhos de que fala... E defendo o que acredito sem criticar ninguem...Acho que ganho mais assim... Mas sem ressentimentos, desejo-lhe sorte nessa experiência de uma vida que é conhecer novas realidades. Espero que alcance a serenidade e sucessos que procura...
ResponderEliminarAcho curioso que use a palavra inteligência várias vezes neste comentário...
ResponderEliminarPenso que é fácil de perceber (e pelos vistos todos os outros "comentadores" deste post perceberam) que quando falo dos Delegados de propaganda médica não critico os pobres coitados (individualmente) que trabalham para outrém para ganhar a vida (todos temos que trabalhar para viver) mas sim critico o conceito que a existência desta classe engloba (precisamente a promiscuidade entre a classe médica e a indústria farmacêutica)...
Não me vou alongar em explicações porque já vi que tenho uma escrita complicada...
PS: Não escrevo aqui para ganhar a vida nem para alcançar a fama, e muito menos para ofender alguém em particular.. Para ganhar a vida trabalho arduamente e absolutamente feliz porque o posso fazer sem qualquer conflito com os meus princípios éticos e ideológicos...
concordo com o comentário de Mafalda. E quanto à sua felicidade, Parabéns!mas não é o que parece... Mas é desconcertante saber que alguém tocou no seu ego;) que bom, pode ser que olhe em volta... há vida fora da redoma de cristal do farmacêutico...
ResponderEliminarOlá a todos, Num ponto estamos todos de acordo : o sistema não funciona! Não favorecia quem devia favorecer... e digo favorecia porque para quem não sabe, desde dia 1 de julho a nossa legislação mudou! Neste momento no nosso pais existem medicamentos gratuitos para todos os portugueses! E estou a referir-me a farmácos para doentes crónicos, tal como a sinvastatina! Estamos a caminhar para que haja mais justiça social... Obviamente q é o Estado que paga mas paga mto menos do q antes desta reforma, porque o valor de compraticipação é fixo, ou seja o laboratório é que tem q baixar as margens se quer que o seu farmaco seja adquirido! Cumprimentos, Susana
ResponderEliminarfico muito triste por ver certos posts e entender que realmente nao estao a viver a actualidade..todos nos somos diariamente tentados em diversos ramos ao consumismo. no sector farmacêutico nao se trata bem de vender dois pentes a um careca convencendo-o que o primeiro se pode gastar( ideologia do marketing em parte).. o marketing é uma ferramenta muito potente nos dias de hoje , esta troca de interesse consome-nos na actualidade.( e diariamente caímos nela, sentindo certos produtos como uma mais valia na nossa qualidade de vida). quanto aos delegados de informaçao medica certamente são pessoas formadas, interessadas na área de trabalho em que o objectivo nao é incutir somente as vendas mas dar a conhecer os produtos de mercado!!!as diversas industrias tem de sobreviver ao vasto mercado existente e o marketing, as vendas e promoções têm de estar incluidas, mas nunca para num intuito de prejudicar os pacientes..sejam tolerantes!!
ResponderEliminarEste post é estupido... e esta gente não sabe o que diz!!!
ResponderEliminarCaro Eugénio Sou um dos palermas que refere algures no seu post.Analiso com concordância muitas das suas "teses".Não posso, no entanto, deixar de referir que escreve com a convicção de um politico e com a certeza de um demente.Não me atrevo a argumentar cada um dos muitos erros que enuncia, visto que a minha profissão, e a minha educação, me obriga a manter o nível de respeito que pelos vistos desconhece. Apenas comento para que não se julgue o dono da razão e do conhecimento no que diz respeito à industria farmacêutica. Peço desculpa por não voltar a intervir neste "espaço de inveja", mas tenho mais do que fazer (não esqueça que sou Delegado de INFORMAÇÃO Médica) ao contrário de Vossa Excelência...Parece que em tempos concorreu para a mesma função e não foi aceite?!
ResponderEliminarOlá Eugénio, mais uma vez se verifica que "a inveja é a arma dos cobardes"; lá porque tiveste que emigrar porque muito provavelmente em Portugal não conseguias trabalho e estavas farto de ir a entrevistas e a resposta era sempre negativa,não critiques quem trabalha e desconta todos os meses para que inuteis como tu possam viver do rendimento minimo sem nunca saber o que é ter que cumprir horarios ou levantar cedo da cama! Vai mas é beber um copo com o teu namorado e aproveita a vida...
ResponderEliminarVou fazer como o Nuno: comentar e nunca mais ler estes teus desabafos. Chamo-lhe desabafos mas deveria chamar-lhe desabufas, porque o que escreves neste post é uma grande merda... Em Inglaterra não existem DIMs: MENTIRA "Salários de uma classe desnecessária"? contribui e faz contribuir muito mais para o Estado (que como dizes somos todos nós menos tu)do que alguém invejoso que apenas produz verborreia informática... Já não me apetece perder mais da minha noite de Sábado, por isso vou beber um copo...descansa que eu não frequento aquelas casas onde trabalha a tua mãe, a tua irmã, e possivelmente o teu namorado.
ResponderEliminarJá há uns tempos que não venho aqui responder, mas isto tem estado ao rubro!!
ResponderEliminarO meu muito obrigado a todos por fazerem deste post um verdadeiro sucesso, muito especialmente aos que escrevem estes insultos gratuitos e sem formação nenhuma! Deliro com eles! ADORO. Mas que comichão que para aí vai!
Engraçado que fiz um post altamente detalhado em que apresentei factos concretos da realidade e depois, evidentemente, dei a minha opinião. Apresentei factos, e dei a minha opinião, preto no branco, o que segundo um comentador acima faz de mim covarde! A minha definição de covardia passa mais pelo acto de insultar gratuitamente sem qualquer tipo de argumentação lógica por detrás de uma identidade absolutamente anónima ou falsa, mas certamente isso não se aplica a ninguém que por aqui passou...pff
Uma observação curiosa que consigo fazer ao fim de tanto comentário, é que todos os que se identificaram como (ou sei que são) médicos ou farmacêuticos (os realmente visados neste post, já que os DIM são apenas marionetas do sistema) tiveram a clarividência de reconhecer que realmente os factos descritos no meu post se tratam de uma realidade podre e terceiro-mundista que deveria ser melhorada. Do outro lado temos os que se identificaram como DIMs, que tirando uma ou outra excepção, tiveram uma linguagem ordinária, incongruente, e ofensiva, sem que nem um deles tenha escrito uma linha que seja a argumentar a favor da ideia de que realmente seja uma classe profissional necessária e com utilidade no SNS, ou a refutar de forma civilizada os argumentos do post.
PS: Poderia ter a covardia de apagar todos estes comentários idiotas ou exigir autorização antes da publicação, mas vou ser mauzinho e dar o pior dos castigos deixando-os visíveis para todos saborearem...
PS2: Quanto aos que vão insistindo que o meu sonho era ser DIM, digo que se quiser comer lampreia ou lagosta vou ao restaurante e pago.
PS3: Realmente um DIM comeu-me a mulher.. mas espera lá, nas últimas teorias tenho namorado! em que ficamos?
PS4: Nunca condenei os DIMs como pessoas individuais, que tal como todos, tem de ganhar a vida. Se um DIM tem o 9º e trabalhar como DIM a dar formação a um médico, a culpa obviamente não é dele, ele inteligentemente faz o seu melhor para ganhar o ordenado e se possível ganhar bónus! A culpa é de uma indústria farmacêutica que aceita pessoas sem formação farmacoterapêutica para dar formação médica e da classe médica que aceita ser informada (como se estivessem interessados!) por profissionais sem formação ou conhecimento farmacoterapêutico...
PS5: Alguém que me diga que percebeu o PS4 como mensagem deste post, ou então realmente tenho uma escrita sem nexo.
PS6: Curioso que os 3 últimos comentários acima caíram aqui de rajada, com um estilo de escrita muito semelhante e vindos de uma mesma localização. Dificuldades no acesso à Olanzapina em Portugal?
Está on fire isto por aqui... deve ser o último suspiro antes da morte quase anunciada dos DIM. Com a entrada em vigor da lei que obriga o médico a prescrever por princípio activo, acabou-se a treta das receitas passadas com genéricos mas que não autorizam a troca por outro genérico (quando essa autorização se refere à troca de medicamentos de marca por genéricos). Está para acabar o "fantástico mundo dos genéricos de marca" e com isso acaba também a quantidade de delegados que passam o dia nos centros de saúde para que o médico passe o genérico do seu laboratório (porque deve ser melhor que o outro genérico, que muitas vezes até são feitos no mesmo sítio) Abraço
ResponderEliminarSim, muito do escreves é verdade. Mas não tomes a nuvem por Juno! Fui DIM durante cerca de duas décadas. Tenho bastante mais que o 9º ano, e durante a minha vida profissional, *apresentei a, e informei* parte da classe médica sobre substâncias pioneiras. Para lá de muitas outras em que apenas suportava a informação anteriormente prestada. E atenção, toda a informação oral prestada era *sempre* suportada com documentação referenciada e verificável. Numa época sem "internet" nem estando a difusão do "conhecimento" globalizado, a informação que levavamos aos confins de Portugal, era de suma importância. E como eu existem centenas. O teu erro foi generalizares. Também eu poderia escrever que os médicos e farmacêuticos são "comprados e corruptos". Conheci imensos, mas nunca me atreveria a dizer que essas classes o são. Lembra-te que para fazeres "sucesso" com os teus "posts" não necessitas de denegrir tantos que o não merecem.
ResponderEliminarBelo comentário, Paulo. Concordo com praticamente tudo q disseste. No entanto, como já disse atrás ( e repeti 2 comentarios acima) a figura do "DIM" embora claramente mencionada, foi apenas criticada no sentido figurado, sendo o verdadeiro alvo da critica quem permite a sua existencia.. (SNS, Industria e classe Medica).
ResponderEliminarAliàs, não disse nada de novo, que nenhum dos intervenientes no SNS nao saiba. Mas sim dei opinião e mostrei indignação com a diferença escandalosa do preço dos genericos... Os factos apresentados não deixam margem pra ficar indiferente.
Vale sempre a pena opinar, comentar e discutir ideias, e o post valeu nem q seja por aguns bons comentários, como por exemplo do Médico "João", o seu e alguns mais.
Já não se manipulam medicamentos (salvo raras excepções que podem ser realizadas por um médico); As farmácias estão informatizadas e a dispensa de medicamentos poderá ser automática; A automedicação é um problema e como sabemos os farmaceuticos também são responsáveis neste processo; A maior parte dos recursos de marketing da industria são gastos com os corruptos dos farmaceuticos; A sua formação não lhes permite diagnóstico e prescrição(são incompetentes para tal apesar de o fazerem; NÂO È POR ISSO QUE CONDIDERO QUE SEJAM UNS PALERMAS QUE ESTÂO A MAIS, NEM DEFENDO A SUA EXTINÇÂO
ResponderEliminarO Sevivas tem pouco conhecimento do que se passa. Venha a prescrição por DCI para que o farmacêutico dê o que mais lhe convém(logo os DIM passam a visitar a farmácia em vez do médico, continuando cá), exista um problema com o doente devido à toma desse medicamento, para que o médico depois possa dizer:QUEM LHE INDICOU QUE ASSUMA A RESPONSABILIDADE
ResponderEliminarMiguel, por acaso tenho conhecimento mais que suficiente... se o médico prescrever por DCI e for dado um qualquer dos genéricos existentes no mercado e houver algum problema com esse medicamento, esse mesmo problema deve-se à substância e não porque foi dado o genérico A B ou C, ou será que agora o mesmo principio activo tem efeitos diferentes dependendo se vem na caixa azul ou vermelha. Ainda não percebi qual o problema dos médicos, continuam a ser eles a diagnosticar e prescrever o medicamento mais indicado para o problema e para o doente, a partis daí a pessoa toma o que o médico disse e como disse para tomar. Os médicos não querem perder é todos os privilégios que têm só por escrever esta ou aquela marca. Você mesmo o disse os DIM deixam de visitar o médico para visitar a farmácia, depreendo então que a única coisa que eles faziam seria influenciar o médico (que não gasta na compra dos medicamentos) para que prescreve-se o sua marca. Porque do que realmente se trata aqui é de marcas do mesmo princípio activo, aprovadas no infarmed para o mesmo efeito, com as mesmas reacções adversas e as mesmas contra-indicações. Em relação à manipulação, para o seu conhecimento tenho a dizer-lhe que ainda se faz nas farmácias actualmente, por farmacêuticos. A formação base de um farmacêutico não lhe permite diagnosticar é certo, mas a qualidade do serviço prestado e o contacto directo com a população, faz muitas vezes da farmácia o primeiro local ao qual muitos doentes recorrem.
ResponderEliminarExactamente...começa logo tudo mal."faz muitas vezes da farmácia o primeiro local ao qual muitos doentes recorrem", recorrem ao local onde não existe competência para diagnosticar e, onde estão muito mais sujeitos ao marketing do que num consultório médico. Não é ético um médico receber um apoio de um qualquer laboratório mas, as farmácias passaram, passam e QUEREM continuar a receber injustamente todo o tipo de "REGALIAS"(bonificação nos medicamentos;descontos financeiros nos mesmos se trocarem as receitas;viagens, plasmas,dinheiro,etc) que são tudo menos éticas.
ResponderEliminarSevivas: Bemvindo à luta.
ResponderEliminarMiguel: A sua frase "Venha a prescrição por DCI para que o farmacêutico dê o que mais lhe convém(logo os DIM passam a visitar a farmácia em vez do médico, continuando cá)" é um autêntico tiro no pé na argumentação de defesa da utilidade dos DIM...
Para que serve o Infarmed? Alguém me sabe dizer? A besta quadrada do Bastonário da Ordem dos médicos veio ontem à televisão mostrar a sua verdadeira ignorância.. Quem é ele (Médico) ou qualquer DIM ou qualquer Farmacêutico (O verdadeiro especialista do medicamento) para dizer que um genérico é melhor que o outro????
As declarações do Bastonário são de um terceiro-mundismo inqualificável!! Mas estaremos a falar de produtos homeopáticos que funcionam através de "poderes mágicos" ou se medicamentos desenvolvidos à luz da Ciência e evidência/prova científica??
E o Infarmed fica-se calado? O Infarmed garante que todos os genéricos são bioequivalentes. Isto deveria ser o ponto final de qualquer conversa quanto a medicamentos.
Como é que em todos os países civilizados os genéricos são absolutamente iguais (o que é garantido pela autoridade do medicamento em cada um dos países) e em Portugal temos uma besta quadrada a dizer que há genéricos de primeira e de segunda? Como é que é possível? Deu-me vómitos em ver essas declarações..
Apesar de sermos um país com profissionais com formação académica de primeiríssima qualidade continuamos a viver numa sociedade onde a racionalidade, transparência e idoneidade não existem.
Reparei agora que já tivemos comentadores suficientes para fazer um jogo de futebol, 5 de cada lado Farmacêuticos VS DIMs.
ResponderEliminarE que tal fazermos o jogo e a equipa vencedora fica dona da verdade?
PS: Nós não tomamos comprimidos pra dar força e vocês não oferecem brindes de propaganda ao árbitro, vale?
(finalmente um pouco de racionalidade!)
Falando em tiros no pé: 1-Os genéricos (tal como o eram as cópias) podem não ser exactamente iguais. A biodisponibilidade e bioequivalência não os obriga a ter os mesmos excepientes e, nem sequer a mesma percentagem de substância activa. 2-O Bastonário defende uma classe que serve os utentes, ao contrário da BESTA da ANF e seu presidente que apenas defende os interesses financeiros(e muitas vezes de forma ilegal) dos farmacêuticos. 3-O Infarmed fica calado porque os pontos 1 e 2 são verdade. 4-Os produtos Homeopaticos têm a validade que se lhes confere, e que as respectivas reguladoras lhes permitem.Fala em países desenvolvidos sem conhecimento...nesses países estes produtos são reconhecidos...e quando convém também o são nas vossas farmácias em Portugal. 5-o Verdadeiro especialista do medicamento é a INDUSTRIA FARMACÊUTICA( e os seus representantes), ficando o farmacêutico com o titulo (que sempre teve em todo o mundo) de O GAJO QUE AVIA AO BALCÃO. Quanto ao jogo de futebol esqueça...não me vejo a jogar com coxos(pelo menos coxos de caracter e conhecimento). PS-Notei referência ao excesso de linguagem por parte de quem é contrário às suas ideias. Não foi pedagógico iniciar o post referindo-se aos DIM como PALERMAS, nem ofender o Sr Bastonário chamando-lhe BESTA QUADRADA. Se quer comer omoleta tem que levar com os ovos...
ResponderEliminarSó lhe digo o seguinte, num país do norte da Europa as declarações do Ministro da Saúde davam direito a cadeia.
ResponderEliminarTodos os ponto que falou continuam, na minha opinião a ser tiros no pé! Ainda bem que os fez. Admito porém que não perceba nada de farmacologia/genéricos/bioequivalência uma que que não recebeu formação sobre isso.
Quanto a produtos homeopáticos poderá ler a minha posição sobre eles num post que fiz antes: http://my.opera.com/yevgeny/blog/dont-exceed-the-maximum-dose-upsss
Preste especial atenção a video da autoria daquele que é aclamado como um dos maiores cientistas da actualidade e representante da razão e evidência: Richard Dawkins.
Aceito bem que, mais uma vez devido à sua falta de formação em farmacologia que tenha dificuldades em perceber.
PS: Um medicamento ter um excipiente (e não excepiente) ou outro não tem qualquer relevância. (Uma das característas fundamentais de um excipiente é ser inerte farmacológicamente, ou seja, ter corante azul ou vermelho não muda nada. Isto aprende-se de forma aprofundada na faculdade de farmácia.
Mais uma vez repito algo que também se aprende na faculdade: Os medicamentos não funcionam por poderes ocultos ou magia. Ciências farmacêuticas são uma ciência exacta.
PS2: Nunca defendi o presidente da ANF, aliás, bem pelo contrário. Vejo com pena, que o modelo da farmácia comunitária Portuguesa não proporcione ao farmacêutico um papel de relevância na sociedade de acordo com a sua muito completa formação académica. Consigo ver para todos os lados. Neste caso o tema não era a ANF nem o papel do farmacêutico.
Acredite que por o escrever não o torna verdade. Insisto que não é dono da razão e, que em grande parte o que afirma é uma vergonha para quem,como diz, tem formação em farmacologia. Refiro também que possuo formação nas áreas mencionadas e, pelo que me apercebo esteve distraido durante o seu curso superior(se é verdade o mesmo). PS-As dificuldades que tenho em perceber(como refere acima), poderão estar relacionadas com a sua prepotente e errónea forma de apresentar frustações.
ResponderEliminarJá agora, se venera tanto os países do Norte da Europa, aconselho a compra de um sobretudo e um bilhete de ida para os mesmos. Assim não tem que descarregar frustações em quem HONESTAMENTE trabalha.
ResponderEliminarMiguel: Muito honestamente, muito obrigado por ter comentado nos últimos dias. Não acho que tenha razão na maior parte das coisas que diz (caso contrário iriam de encontro ao que eu penso), mas gosto na mesma de as ler.
ResponderEliminarAcima de tudo é bom ter-se opinião, porque cheio de mentes adormecidas anda este mundo.
Este blog, como todos os outros que possa vir a visitar reflectem a opinião do autor. Faça um, experimente. Uma opinião só tem verdadeiro valor quando defendida fora do anonimato.
Quanto aos leitores, tenho para mim que este post pouco muda. Os que não são da área nem dão importância ao tema, e os que são da área da saúde estão fartos de conhecer como todo o sistema funciona.
Anonimato?...! A única coisa que no seu ultimo comentário(" Não acho que tenha razão na maior parte das coisas que diz (caso contrário iriam de encontro ao que eu penso)") ficou clara foi aquilo que eu desde o inicio afirmo: todas as suas opiniões são baseadas numa arrogância sem limites. Despeço-me lembrando que algures, num comentário anterior, afirmei que o que se colocava em causa não eram as suas ideias, mas a forma despropositada como as apresenta. não concordo com a maior parte das suas afirmações mas, acredite que partilho de outras. Experimente opinar sem ter que encontrar inimigos(Palermas dos DIM; Besta quadrada do Bastonário;Ministro da Saude criminoso,etc), sem INVENTAR e, especialmente com a mente aberta à resposta que todos temos direito e, verá que não se envoergonhará de tal forma que a unica arma que lhe reste seja a desistência. PS-A todos os outros leitores peça desculpa pelas inverdades que, em mentes distraidas, poderia levar a pensar que o Eugénio teria razão.
ResponderEliminarCreio que o Miguel está com problemas de interpretação da sua própria língua! Se eu não concordo com as suas opiniões é EVIDENTE que não vão de encontro às minhas opiniões, ou seja, aquilo que penso!!! Da mesma forma que quando concordo com uma opinião, essa mesma opinião irá LOGICAMENTE de encontro aquilo que penso! (Isto não é arrogância, é Português, valha-me Deus!)
ResponderEliminarPS: Sim, anonimato! Mete um nome "Miguel", sim senhor. Não teve a delicadeza de revelar a sua formação (Tenho formação na área diz o Miguel.. Isso vale a quê?). Depois tem a arrogância de duvidar sobre a minha formação! Vá aos registos da FFUP...
Este seu último comentário deixou-me um travo de que andei a perder o meu tempo! É estimulante discutir ideias mas apenas com alguém que sabe interpretá-las.. assim não dá...
"Este seu último comentário deixou-me um travo de que andei a perder o meu tempo! É estimulante discutir ideias mas apenas com alguém que sabe interpretá-las.. assim não dá... " Dou-lhe razão num ponto: pelos vistos andámos a perder os dois o nosso tempo. Sei interpretar IDEIAS e não frustações (já que sou DIM e não Psiquiatra). O que me conforta é o facto de alguns leitores terem, concerteza, percebido que o post evidencia alguns factos racionais mas, exposto de forma arrogante e MENTIROSA. Quanto à sua deslumbrante formação, convido todos os leitores a pesquisarem na NET a lei do medicamento genérico. talvez assim percebam a ignorância do autor deste post. PS-Não me esqueço do propósito deste post(os DIM não têm razão de existir). Graças a estes temos muitos doentes bem medicados e muitos médicos bem informados. E insisto: vossa excelência na área do medicamento tem uma função especifica, que é a de AVIAR REMÉDIOS AO BALCÃO. Um abraço a todos
ResponderEliminarDe acordo com o Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto, a AIM de medicamentos genéricos está sujeita às mesmas disposições legais dos outros medicamentos, estando dispensada a apresentação de ensaios pré-clínicos e clínicos desde que demonstrada a bioequivalência com base em estudos de biodisponibilidade ou quando estes não forem adequados, equivalência terapêutica por meio de estudos de farmacologia clínica apropriados (estes testes seguem estritamente o disposto nas normas comunitárias) ou outros a solicitar pelo INFARMED. No referido devreto lei: nn) «Medicamento genérico», medicamento com a mesma composição qualitativa e quantitativa em substâncias activas, a mesma forma farmacêutica e cuja bioequivalência com o medicamento de referência haja sido demonstrada por estudos de biodisponibilidade apropriados; Leia o Decreto-Lei n.º 176/2006 (Estatuto do medicamento) e depois diga coisas. A vossa função específica é retirar qualquer ética ao sistema de saúde seja com viagens aos médicos ou descontos nas compras das farmácias, ou corromper qualquer interveniente na área da saúde desde que isso traga vantagens para o laboratório que representam. Grande abraço
ResponderEliminarUm artigo sobre genéricos da FDA (agência americana do medicamento): http://www.fda.gov/Drugs/ResourcesForYou/Consumers/BuyingUsingMedicineSafely/UnderstandingGenericDrugs/ucm167991.htm Comparando marcas com genéricos: FDA recently evaluated 2,070 human studies conducted between 1996 and 2007. These studies compared the absorption of brand name and generic drugs into a person’s body. These studies were submitted to FDA to support approval of generics. The average difference in absorption into the body between the generic and the brand name was only 3.5 percent [Davit et al. Comparing generic and innovator drugs: a review of 12 years of bioequivalence data from the United States Food and Drug Administration. Ann Pharmacother. 2009;43(10):1583-97]. Some generics were absorbed slightly more, some slightly less. This amount of difference would be expected and acceptable, whether for one batch of brand name drug tested against another batch of the same brand, or for a generic tested against a brand name. In fact, there have been studies in which branded drugs were compared with themselves as well as with a generic. As a rule, the difference for the generic-to-brand comparison was about the same as the brand-to-brand comparison. Imaginem comparando entre genéricos, se calhar a conclusão é que é indiferente dar um que diga genérico AA ou um que diga BB.....são conclusões muito à frente (rofl), mas em Portugal não, tem que ter um nome específico, porque se não tiver não faz efeito.
ResponderEliminarCONCLUSÃO: Haja bons medicamentos Haja boa formação farmacoterapeutica Haja bons preços Haja tudo... MENOS DIM´s, MENOS LABORATÒRIOS,MENOS INDUSTRIA FARMACÊUTICA!!!COERENTE?! Agora despeço-me de vez, que já estou a faltar ao prometido a mim mesmo...!?
ResponderEliminarSó menos DIM´s, porque para conseguir informação credível sobre fármacos não são necessários uma cambada de gajos a entrar-nos pelo consultório dentro todos os dias que nos dão tudo menos informação imparcial. Mas fugiu à questão, porque o que queria demonstrar é que procure-se onde se procurar não consegue encontrar em lado nenhum nem em país nenhum informação contra a equivalência farmacológica dos genéricos com os medicamentos inovadores, e SOBRETUDO ENTRE GENÉRICOS DO MESMO GRUPO HOMOGÉNEO. Abraço
ResponderEliminarOs farmaceuticos não passam de uns burros frustrados, que não conseguiram notas suficientemente altas para entrar para Medicina e tiveram que se resignar com um curso inutil e sem sentido. Realmente não deve ser nada aliciante estar um dia inteiro em pé a vender palmilhas,preservativos e a fazer trocos...
ResponderEliminarNem mais! Contra factos desses não consigo argumentar
ResponderEliminarMas que disparate de conversa. Como se todas as profissoes em ciencias se resumissem unica e exclusivamente a medicina. Eugenio, eu aqui discordo. Contra argumentos destes tenho eu muuuuuitos.
ResponderEliminarSabe que a área da Saúde não se resume só ao médico, era bom de ver o que seria de um médico sem a industria farmacêutica...estaria o dia todo no seu consultório a passar medicamentos sentado na sua cadeira sem sequer olhar para a pessoa que têm à frente, com a única preocupação de prescrever a marca que mais vantagens dá para a sua carteira e no final cobrar um balúrdio de dinheiro por 5 minutos de consulta.... peço desculpa...isso é o que fazem agora os médicos de família... my mistake
ResponderEliminarBoas! Eu sou um DIM e realmente gostaria de dizer que eu me preocupo em fazer o meu trabalho sem perturbar o normal funcionamento das instituições de saude. Não tenho formação superior mas fui formado pelo meu laboratório com todas as condições e preparado para poder responder aos medicos nas duvidas que possam ter em relação aos meus produtos. Não trabalho genericos e sinceramente acho que essa guerra é muito nojenta! O problema nem é a Industria Farmacêutica! O problema foi o Infarmed! Cada licença custa 50 mil euros, agora é fazer contas a um laboratório com 100 medicamentos no portfolio (50.000 * 100). Não posso chamar Industria Farmacêutica a um laboratorio de vão de escada que não produz e não investiga, propriedade de alguem só com vertente de negocio que esquece a saude. Trabalho num laboratório com mais de 100 anos que podia entrar nessa guerra e não quis. Não oferecemos viagens nem plasmas pq os preços dos nossos produtos já é muito baixo. Agora isso dos medicamentos gratuitos para todos é que já não me entra! Baratos ou caros, alguém tem de pagar e em Portugal muitos dos reformados que têm reformas baixas nunca descontaram nada na vida ou fugiram a impostos. Sabe que isso é verdade! Porque têm os meus impostos de pagar os medicamentos de alguem que foi domestica a vida inteira?!?! Se assim é, tb a luz, a agua e o gás têm de ser gratuitos pois são muito mais essenciais do que os medicamentos... E a carne e o peixe?!?! e os legumes?!?! Eu apoio o principio do utilizador pagador. Hoje muitos dos idosos tomam medicação por vicio, eu como DIM vejo-os nos centros de saude só para renovar o receituario. Os medicamentos fazem parte da vida deles. Tomam sinvastatina ou omeprazol mas nunca pensam em fazer uma vida regrada a fim de poder evitar usar esses fármacos. Tal como os DIM existem hoje muitas profissões em desuso, mas tb contribuimos com impostos e não são poucos e sem impostos este pais não funciona! E mais digo, se o preço dos medicamentos em Portugal fosse como na Inglaterra, ficava banalizado e ninguem dava valor. Pagar menos por um omeprazol do que por um pacote de pastilhas?!?! Que credito tinha isso?!?!
ResponderEliminarEu fico estupefacto com a posição dos DIMs (se calhar nem deveria, mas enfim). Os farmaceuticos não percebem de medicamentos, são frustrados e foram recusados nas entrevistas para DIMs. Já os visados pelo post são os mesmos heróis que nunca usam brindes, viagens, jantares e incentivos afins para "informar" (que ridículo termo) os médicos a prescrever os "seus" medicamentos. Chegamos ao cúmulo de alguém dizer que os idosos são viciados em medicamentos, ou a pérola sequinte: "Pagar menos por um omeprazol do que por um pacote de pastilhas?!?! Que credito tinha isso?!?!"
ResponderEliminarEstou bem à vontade para falar, pois estou bem distanciado desta podridão. Apenas comentei para dizer que se isto não fosse um país de corruptos e corruptores, não havia cá DIMs nem meios DIMs. Ponto. E mais, quem se presta a estes propósitos, não merece o ar que respira, não passa de mais um parasita que polui um país enfermo como o nosso.
Por fim, já esqueceram os exemplos escandalosos dos preços dos medicamentos que o Eugénio referiu. Mas, já viram bem o escândalo? Que país podre e corrupto meu Deus.
Só agora é que vi que desenterrei um post de 2010. Que se lixe a situação mantém-se podre e execrável.
ResponderEliminarCaro Filipe Azevedo. É com agrado que constato que a tua alma partilha da mesma indignação que a minha. Que país o nosso! O post foi publicado em 2009, mas continua pertinente como hoje como nessa data
ResponderEliminarNão li este post na altura, pois nem conhecia o blogue.
ResponderEliminarAgora que o li, só se pode dizer que acertaste na mouche!
Prova disso é a investigação que agora está a decorrer. Não se admirem se houver muitas mais nos próximos meses. Este esquema era demasiado evidente para apenas 10 rapazitos o terem percebido.
Ainda assim, há dois coisas que mudaram substancialmente desde a altura que este post foi escrito:
1) O preço das sinvastatinas é agora, em média, inferior a 5,00 € e o preço de referência é de 2,59€, sendo que o Estado paga apenas 0,79€/ por embalagem, ao invés dos 10,23€ anteriores.
2) A margem da farmácia: ao vender a sinvastatina a farmácia ganhava 7,75 € de lucro (sem contar com os bónus); hoje, com o preço de 2,59 € ganha 0,73€ e, como se compreende, já não há espaço para grandes bónus...
Estes dois aspectos mudam muita coisa. A realidade da farmácia mudou da noite para o dia num piscar de olhos.
E os bónus hoje em dia mantêm-se ainda decisivos, principalmente na gama dos genéricos, apesar do enorme corte comparativamente à 2 ou 3 anos.
ResponderEliminarO que mais me intriga é que de todos os estudos e análises que efectuam ao sector, raramente consideram os bónus, que antes das margens decretadas pelo Estado fazem enorme diferença.
Não dando um exemplo em concreto, (pois as margens variam por escalões de preço com referência para os PVA), mas considerando uma utópica margem média, apesar de referencial e reduzida para a farmácia em 20% e para a distribuição em 10%, um simples desconto de 25% sob a forma de bónus, tem resultado na margem de lucro bruta total de 73,3% (bastante distante da margem bruta acumulada de 30% (20% da farmácia e 10% da distribuição)).
Por exemplo, um medicamento com o PVA sem IVA de 10€ terá um PVF sem IVA de 13€.
Se o PVA = 10€, mas recebe um bónus de 25%, fica com um custo verdadeiro de 7,5€, o que significa que 13€/7,5€ = 73,3% de margem total.
Acham pouco, quando todos se queixam que a margem tem reduzido e por exemplo as farmácias apenas recebem em média cerca de 20% e a distribuição apenas 10%?
Quero aqui deixar bem claro que este exemplo foi criado de forma simples e com a intenção de ajudar a clarificar e esclarecer melhor a influência dos descontos na compra e na aquisição ao laboratório.
Claro que muitas condições se colocam, nomeadamente a compra em quantidade e o pagamento a muito curto prazo ou pp, bem como a condição de compra de outros medicamentos em pacote, etc, etc, etc.
Gostava de ouvir as vossas opiniões e se necessário o direito ao contraditório.
O debate é sempre positivo se todos ficarmos melhor no final, partindo do conhecimento inicial.
Muito obrigado.
Fernando meira