sábado, 20 de novembro de 2010

Precisa-se Farmacêutico ou Técnico... ou Calceteiro


Hoje uma situação que me deixa cheio de orgulho sobre a qualificação que obtive por estudar 5 anos e meio na Universidade: Ofertas de Emprego para Farmacêuticos



Ou seja, entre 4 ofertas de emprego colocadas num site de uma distribuidora farmacêutica 3 não fazem qualquer diferenciação entre um Farmacêutico ou Técnico... Qualquer um serve, desde que tenha jeito para vender e impingir caixinhas aos CLIENTES.. (sim, as palavras utentes ou pacientes não são apropriadas).

Esta imagem é o retrato da realidade Farmacêutica em Portugal... Estudamos durante vários anos, um curso interessantíssimo e de qualidade que no final não tem qualquer tipo de aplicação na sociedade e mundo da farmácia em Portugal!
Jamais em circunstância alguma no Reino Unido seria colocada uma oferta para "Farmacêutico ou Técnico"...São graus de formação diferentes, são funções diferentes dentro da farmácia...enfim

A culpa disto é dos próprios farmacêuticos proprietários das farmácias, e que colocam estes anuncios, que com a sua visão lentamente "enterram" a profissão, e de uma Ordem dos Farmacêuticos sem qualquer tipo de ideias e intervenção na sociedade que rapidamente "enterra" a profissão... Veja-se o número de farmacêuticos que se qualificam todos os anos em relação o número de farmacêuticos que se retiram da profissão! (será uma diferença de mais de 1000%), e isto tudo associado ao papel cada vez mais insignificante do farmacêutico na sociedade! (qualquer outro pode fazê-lo não é verdade?) down down down

De qualquer modo se calhar conseguimos imaginar outro tipo de múltiplas ofertas de emprego:bigsmile



Ortopedista ou Talhante
Engenheiro ou Trolha
Cozinheiro ou Empregado de mesa chef
Advogado ou Criminoso profissional
Jornalista ou Fotografo
Pescador ou Caçador

Outras sugestões?



(Não quero com isto criticar ou ridicularizar qualquer profissão)

7 comentários:

  1. A culpa? anf e o Cordeiro

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  2. Hum...calceteiro, talvez...já faltou mais... Boa Páscoa!

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  3. A ANF, e o Dr. João Cordeiro, muito tem feito pelos farmacêuticos. Acho incrível que o possam pôr em causa. E não se pode generalizar. Há de facto, contudo, alguns farmacêuticos, proprietários, que esquecendo qualquer ética e deontologia profissionais, contribuíram e contribuem para a imagem distorcida que a profissão farmacêutica começou a adquirir de há uns anos para cá no seio da sociedade civil portuguesa. Contudo, caro Eugénio, julgo que este post era escusado. Questões da profissão devem ser discutidas entre profissionais e não esbanjadas na praça pública. Espero que compreenda

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  4. Eugénio, vais voltar para Portugal?

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  5. Caro Sr Anonymous2
    (Seria educado ter colocado o nome)

    Este blog não é nenhum site oficial nem representa nenhuma instituição nem ninguém a não ser eu mesmo e a minha opinião! Tempos de censura já lá vão e é mais do que saudável que pontos de vista e opiniões sejam expostas!

    É claro que um dia vou voltar a Portugal! Tens vaga para mim?

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  6. Um texto que escrevi para o www.farmacia.com.pt : Contrata-se Farmacêutico 28 de Fevereiro de 2008 «Pretende-se recrutar para Farmácia tradicional, movimentada e localizada em área urbana: Farmacêutico ou Ajudante técnico». Este é um texto bastante frequente nos anúncios publicados na nossa imprensa. Este é um texto que evidencia a consideração e respeito que os Farmacêuticos, proprietários destas Farmácias anunciantes, têm em relação às competências profissionais dos Farmacêuticos. E se assim frequente era até agora, com a mudança do regime da propriedade de farmácia mais frequente, com certeza, será. Mas se abandonarmos esta perspectiva da mão-de-obra barata e adoptarmos uma perspectiva que dê importância à qualificação dos seus quadros, teremos anúncios como aqueles? Com certeza que não. Mesmo pensando na Farmácia como um mero negócio, - como agora nos querem impor - os gestores de Farmácias que equiparam Farmacêuticos a Ajudantes Técnicos são incompetentes e as suas empresas só não definham se e enquanto não enfrentarem um concorrente devidamente habilitado, ou seja com uma boa equipa de Farmacêuticos. Quais são então os requisitos que um Farmacêutico deve possuir para contribuir decisivamente para uma Farmácia competitiva, capaz de satisfazer cada vez mais e mais clientes? Um bom Farmacêutico é aquele que estabelece uma relação de confiança duradoura com os seus doentes. Muitas das características necessárias para que se estabeleça uma relação de confiança com o doente não se aprendem nas Faculdades de Farmácia, muito menos são exclusivas de uma classe profissional. Muitos podem ter boa capacidade de comunicação, espírito de missão, assertividade, boa apresentação, relacionamento interpessoal, dedicação, gosto pelo contacto com o público e tantos outros requisitos constantes nos anúncios das empresas de recursos humanos – até conhecimentos de informática na óptica do utilizador! Uma característica apenas é exclusiva do Farmacêutico: o domínio das Ciências Farmacêuticas. O que distingue um bom Farmacêutico é então a sua competência técnica e científica. O que os doentes procuram numa Farmácia é o serviço de um profissional que para além de uma série de características genéricas possua conhecimentos sólidos e profundos na área do medicamento. É isso que os faz voltar uma e outra vez, sempre que necessitam, mesmo que tenham que se deslocar quilómetros. Quando a pressão da concorrência aumentar veremos empresas de head hunter a operar no mercado farmacêutico e, aposto, não os veremos seleccionar «Farmacêutico ou Ajudante Técnico». Jorge de Sá Peliteiro Farmacêutico, Analista Clínico www.peliteiro.com

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  7. Um texto que escrevi para o www.farmacia.com.pt : Contrata-se Farmacêutico 28 de Fevereiro de 2008 «Pretende-se recrutar para Farmácia tradicional, movimentada e localizada em área urbana: Farmacêutico ou Ajudante técnico». Este é um texto bastante frequente nos anúncios publicados na nossa imprensa. Este é um texto que evidencia a consideração e respeito que os Farmacêuticos, proprietários destas Farmácias anunciantes, têm em relação às competências profissionais dos Farmacêuticos. E se assim frequente era até agora, com a mudança do regime da propriedade de farmácia mais frequente, com certeza, será. Mas se abandonarmos esta perspectiva da mão-de-obra barata e adoptarmos uma perspectiva que dê importância à qualificação dos seus quadros, teremos anúncios como aqueles? Com certeza que não. Mesmo pensando na Farmácia como um mero negócio, - como agora nos querem impor - os gestores de Farmácias que equiparam Farmacêuticos a Ajudantes Técnicos são incompetentes e as suas empresas só não definham se e enquanto não enfrentarem um concorrente devidamente habilitado, ou seja com uma boa equipa de Farmacêuticos. Quais são então os requisitos que um Farmacêutico deve possuir para contribuir decisivamente para uma Farmácia competitiva, capaz de satisfazer cada vez mais e mais clientes? Um bom Farmacêutico é aquele que estabelece uma relação de confiança duradoura com os seus doentes. Muitas das características necessárias para que se estabeleça uma relação de confiança com o doente não se aprendem nas Faculdades de Farmácia, muito menos são exclusivas de uma classe profissional. Muitos podem ter boa capacidade de comunicação, espírito de missão, assertividade, boa apresentação, relacionamento interpessoal, dedicação, gosto pelo contacto com o público e tantos outros requisitos constantes nos anúncios das empresas de recursos humanos – até conhecimentos de informática na óptica do utilizador! Uma característica apenas é exclusiva do Farmacêutico: o domínio das Ciências Farmacêuticas. O que distingue um bom Farmacêutico é então a sua competência técnica e científica. O que os doentes procuram numa Farmácia é o serviço de um profissional que para além de uma série de características genéricas possua conhecimentos sólidos e profundos na área do medicamento. É isso que os faz voltar uma e outra vez, sempre que necessitam, mesmo que tenham que se deslocar quilómetros. Quando a pressão da concorrência aumentar veremos empresas de head hunter a operar no mercado farmacêutico e, aposto, não os veremos seleccionar «Farmacêutico ou Ajudante Técnico». Jorge de Sá Peliteiro Farmacêutico, Analista Clínico www.peliteiro.com

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